A Louis Dreyfus Company (LDC), uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, fechou o primeiro semestre com lucro líquido de US$ 662 milhões, um resultado 97% superior ao do mesmo período de 2021. O aumento dos preços das commodities, um dos reflexos da guerra na Ucrânia, impulsionou o resultado da companhia.
Segundo a Louis Dreyfus, sua presença global e sua boa resposta gerencial aos desafios que o conflito impôs estão entre as razões do forte crescimento. A receita líquida da empresa aumentou 26,3%, para US$ 30,3 bilhões, e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 50,4%, para US$ 1,17 bilhão.
“Na atual turbulência que afeta os mercados globais de commodities agrícolas, à qual se somaram elementos pré-existentes, como o congestionamento dos portos, a aceleração dos desafios climáticos e as preocupações com o ressurgimento da covid-19, a missão da LDC de levar o produto certo ao local certo, no tempo certo, foi ainda mais crítica”, disse Michael Gelchie, CEO da companhia, em nota.
A empresa paralisou suas operações na Ucrânia no início do conflito e disse ter feito alguns poucos embarques depois de agosto, pelo porto de Odessa, onde ela tem um terminal de commodities. Nenhum dos 300 funcionários da Louis Dreyfus no país morreu ou se feriu na guerra, segundo a companhia, que relatou a destruição de estoques de trigo em um silo de terceiros após um ataque.
Na Rússia, a LDC administra um negócio de originação de grãos, que inclui silos e um terminal, em Azov, na região sul do país. A companhia também estava em negociações para criar um projeto de desenvolvimento e construção de uma terminal na península de Taman, entre os mares Negro e de Azov, mas a interrompeu a iniciativa após o início da guerra.