O dólar opera com pequenas variações nesta quinta-feira (17), após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa de juros do Brasil para 4,25% ao ano, como o esperado, e com os investidores reagindo à decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de adiantar para 2023 sua projeção para a primeira alta dos juros pós-pandemia na maior economia do mundo.
Às 9h24, a moeda norte-americana subia 0,04%, cotada a R$ 5,0612.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,53%, cotado a R$ 5,0590. Com o resultado, acumula queda de 3,16% no mês e de 2,47% no ano.
Cenário
Como esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou nesta quarta-feira a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 3,5% para 4,25% ao ano. Na avaliação de economistas ouvidos pelo G1, o BC endureceu o tom e deixou espaço para para elevações mais rápidas dos juros.
O mercado financeiro projeta atualmente uma taxa de 5,82% para a inflação em 2021, acima do teto da meta do governo para o ano, que é de 5,25%. Já a previsão para a Selic no fim de 2021 está em 6,25% ao ano, o que embute novas altas na taxa de juros nos próximos meses.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) manteve suas taxas de juros inalteradas, mas antecipou para 2023 a projeção da primeira alta dos juros nos Estados Unidos desde o começo da pandemia da Covid-19. Em suas projeções econômicas, passou a estimar também uma inflação mais alta em 2021, de 3,4% contra os 2,4% estimados em março.
Em Brasília, o Senado adiou para esta quinta-feira (17) a votação da medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras. Senadores criticam inclusão de ‘jabutis’ na proposta, entre os quais um que estende subsídio para termelétricas movidas a carvão. O texto perderá validade se não for votado até terça (22).