A Área de Operações e Canais Digitais (ADIG) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que suspendeu o protocolo de pedidos de financiamentos no âmbito do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), para operações com taxa de juros de até 7% ao ano.
Segundo o banco, a suspensão reflete o já elevado nível de comprometimento de recursos disponíveis para o programa no Plano Safra 2021/22, que começou no dia 1º deste mês. A medida veio em tempo recorde, em virtude da demanda aquecida, mas não significa que não há mais dinheiro para o PCA na temporada, uma vez que outras instituições estão operando essa linha.
Segundo informações da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, se em anos-safra passados o BNDES e o Banco do Brasil tinham exclusividade na equalização de recursos do PCA, no atual Plano Safra o banco de fomento tem participação de menos de 25% nessa frente.
Para o PCA, o BNDES tinha inicialmente R$ 1,01 bilhão, ante R$ 1,08 bilhão do BB. Também estão atuando nessa frente a Caixa (R$ 783 milhões), Banrisul (R$ 24,1 milhões), BRDE (R$ 5,3 milhões) e BDMG (R$ 4,9 milhões).
Além disso, lembra a secretaria, foram autorizados mais R$ 1,2 bilhão para contratações nas condições do PCA com recursos obrigatórios das exigibilidades dos depósitos à vista. Esses recursos podem ser movimentados por todos os bancos que atuam no mercado de crédito rural.
Independentemente disso, a suspensão dos pedidos no BNDES mostra que, como era previsto, a demanda por recursos subsidiados do Plano Safra continua aquecida, como esteve no ciclo 2019/20. Nas principais cadeias produtivas, os produtores brasileiros estão capitalizados, em virtude de preços e boas margens.