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Mercado Internacional

Angola tem o objetivo de estar no "ranking" dos maiores exportadores de carne de frango

Países há que trilharam os melhores caminhos para que sejam hoje os melhores exportadores de carne de frango, como por exemplo, o Brasil e os Estados Unidos

Angola tem o objetivo de estar no "ranking" dos maiores exportadores de carne de frango

Brasil e os Estados Unidos, por exemplo, juntos participam com mais de 60,0% das exportações mundiais de carne de frango, fazendo fé no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) entre os anos de 2015 e 2019.

Houve forte crescimento das exportações da Ucrânia (133,3%), Turquia (65,5%) e Tailândia (50,0%), além dos Estados Unidos (11,6%) e União Europeia (24,8%). Este é o desafio de Angola – inscrever o seu nome no “ranking” dos maiores exportadores de carne de frango.

Uma intenção que radica há décadas, inscrita nos distintos planos do Executivo – a produção de ovos e de carne de frango.

Dois produtos que deviam constar da cesta básica mas que encarece o seu preço todos os dias. Ter frango ou ovo à mesa é hoje um luxo para algumas famílias.

Não é pois discurso de hoje o apelo aos produtores nacionais a duplicarem a criação avícola, os investimentos do Executivo em distintas províncias do País para a consumação do “ideário angolano” – o frango made in Angola aponta para aí.

Mas a prática contrasta com o discurso oficial das autoridades neste quesito. Quiçá, fazer da agricultura principal fonte de produção de alimentos.

Aliás, não é por acaso que o workshop sobre o sistema alimentar, realizado nesta semana, faz advocacia ao governo para que inclua no OGE 10% ao sector agrícola, visando o cumprimento das Declarações de Malabo.

Um compromisso dos chefes de governo africanos com a finalidade de dinamizar a produção e a transformação agrícola no continente. Numa visão de que a agricultura é a base para o desenvolvimento e para a diversificação da economia, o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Silva, chamou também atenção nesta semana as universidades sobre a necessidade da reformulação dos planos curriculares, para o sector agrícola.

Um desafio do País dependente da importação de quase tudo. Neste sentido, as boas práticas devem levar o País a uma análise profunda sobre o que terá sido menos conseguido para que o “frango angolano” caísse em “desuso”, morresse à nascença – a que se rever todos os processos burocráticos, incentivos do Estado e o acesso de créditos à banca.

Sem dúvidas, a produção do “frango angolano” remete-nos a uma reflexão profundo sobre o rumo que se pretende dar em matéria de produção de aves, face a gritante falta de matérias-primas, importadas, grosso modo, inexistência de fábrica de rações digna deste nome, de vacinas, energia eléctrica, água, vias de acesso, entre outros.