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Consumo

Consumo de carne e frango cai em função dos altos preços, dizem vendedores

No Ceasa em Aracaju, clientes compram menos e buscam alternativas à proteína animal

Consumo de carne e frango cai em função dos altos preços, dizem vendedores

Com a alta da inflação, tem sido cada vez mais difícil para as famílias brasileiras manterem as compras habituais de gêneros alimentícios, grupo no qual se incluem carnes bovina e de frango. Em Sergipe, os preços já acompanham a mesma faixa dos pescados, que costumavam ser itens mais caros nas feiras livres, mercados e supermercados. Inclusive, alguns tipos de peixes estão com preços mais acessíveis do que as carnes vermelhas. 

A equipe de reportagem do F5News esteve no Centro de Distribuição de Alimentos (Ceasa), no bairro Getúlio Vargas, em Aracaju, na manhã desta terça-feira (21), e constatou que o preço do quilo da carne de 1ª mais barato é R$ 38, enquanto há peixe do tipo corvina custando R$ 20, o quilo. 

Segundo vendedores entrevistados no Ceasa, todos os tipos de proteínas de origem animal tiveram aumento de preços. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma a informação, ao apresentar em agosto aumentos de 26,56% no valor das carnes, 27.56% no frango e 4,60% no custo dos pescados, com relação ao acumulado dos últimos 12 meses.  

De acordo com o vendedor Sebastião Santos, diante dos altos preços do frango, muitos clientes optam pela carne vermelha, no entanto, em menores quantidades. 

“Quem antes comprava 2kg de carne, hoje compra 1kg. Quem comprava 1kg, agora compra meio. Está havendo uma redução neste sentido. Mas como o frango tá caro, então compra carne mesmo”, disse ao F5News. 

Na barraca de Sebastião, carnes tipo coxão mole, alcatra, contra filé, patinho, custam R$ 38 o quilo. Já as chamadas carnes de segunda estão custando de R$ 24 a R$ 30, e a carne do sol, famosa no Nordeste, está no valor de R$ 38 o kg. O peito de frango, que custava em torno de R$ 11 há pouco menos de um mês, foi encontrado pelo valor mínimo de R$ 17 o quilo.  

Na análise da vendedora Nilza Matheus, que trabalha com pescados no Ceasa, muitos clientes estão dando preferência às verduras e proteínas vegetais. “Tem gente comentando que tá comendo soja, ou fazendo receitas com grão de bico. Capricham nas verduras, que dá para fazer em forno, ou uma omelete, e por aí vai”, relatou ela ao F5News. 

Os ovos de galinha também tiveram aumento de preços. No Ceasa, a embalagem com 30 unidades do tipo branco custa R$ 15, e a dúzia R$ 6,50. Já os ovos vermelhos, foram encontrados por R$ 17 a cartela com 30; e R$ 7, a dúzia.