Rupturas nas cadeias globais de abastecimento, devido à pandemia e desvalorização do Real, são fatores que vêm provocando aumento nos preços dos principais insumos agrícolas – além dos combustíveis -, criando um cenário de alta dos custos de produção para a Safra 2021/22. O alerta consta do mais recente relatório Céleres/Abramilho. Como consequência, há o risco do menor uso de defensivos e fertilizantes nas lavouras.
Entretanto, nossas terras apresentam boa fertilidade, devido ao pacote tecnológico aplicado nos últimos anos, e a produção total de milho no ciclo 2021/22 tem potencial para atingir 121,2 milhões de toneladas, avanço de 41%, indica, por exemplo, a mais recente projeção da consultoria Datagro. A Safra de Verão deve chegar a 29,2 milhões de toneladas [+17%] e Segunda Safra deve alcançar 92 milhões de toneladas [+50%].
A realidade é que a safra brasileira de milho vem constantemente avançando, o que acentua o gigantesco potencial alimentício e energético do grão. Além de assegurar o abastecimento interno, o milho nacional ganha terreno no exterior graças à ampla oferta que produzimos e excelente qualidade do nosso grão.
O produtor ano a ano incorpora novas tecnologias em insumos – sementes, defensivos, fertilizantes -, maquinário, mão de obra qualificada e mais recentemente vem adicionando ferramentas digitais em busca de elevar os ganhos de produtividade, bem como investindo permanentemente em boas práticas de manejo sustentável. Além de matéria-prima para indústria alimentícia e principal insumo para agroindústria de carnes, o milho também passou a ser demandando para fabricação de etanol.
Projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sustentam um cenário de demanda crescente nos mercados interno e externo. A produção nacional de carnes (bovina, suína e aves) avança em excelência, e deve registrar alta de 24,1% até 2030/31, o que exigirá mais milho para alimentar rebanhos e plantéis. Já as exportações do grão têm potencial para crescer 43,8% nos próximos dez anos.
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