Os suinocultores americanos afirmam que a queda nos preços da carne suína pode forçá-los a sacrificar os porquinhos para reduzir as perdas.
Os criadores de suínos estão lutando diante dos trabalhadores ausentes, frigoríficos fechados e da perda de compradores em restaurantes e mercados internacionais devido à pandemia de coronavírus. O resultado é um excesso suíno no mercado, tornando mais caro vender os animais para produção de carne do que simplesmente descartar os animais.
O Conselho Nacional de Produtores de Carne Suína dos EUA (NPPC) disse na terça-feira (14/04) que os suinocultores perderão quase US$ 37 por cabeça e quase US$ 5 bilhões coletivamente por cada suíno comercializado para o resto de 2020. Antes da pandemia de coronavírus, o NPPC disse que os analistas previam que os produtores ganhariam cerca de US$ 10 por porco.
Em coeltiva, o presidente da NPPC, Howard Roth, disse que a eutanásia começará a surgir nas discussões “sem intervenção imediata e significativa do governo”, twittou Adam Belz , do Star Tribune. Segundo Roth, o número de leitões sendo sacrificados “dispara dramaticamente” sem intervenção.
“Os animais estão ficando nas fazendas sem ter para onde ir, deixando os fazendeiros com escolhas trágicas a fazer”, disse Roth em comunicado. “Os produtores de laticínios podem despejar o leite. Os produtores de frutas e vegetais podem despejar os produtos. Mas os criadores de suínos não têm pra onde mover seus suínos”.
O NPPC está pedindo que o governo federal compre mais de US$ 1 bilhão em suprimento de carne de reserva, que o USDA pode usar para abastecer bancos de alimentos. A organização também está buscando pagamentos diretos eqüitativos aos produtores de carne suína e permite que as fazendas familiares façam empréstimos de emergência oferecidos pela Small Business Administration.