A pandemia da covid-19 teve reflexos positivos na geração de postos de trabalhos nos frigoríficos do Rio Grande do Sul. A estimativa é de que em torno de 5 mil trabalhadores tenham sido empregados nas unidades de processamento de proteína animal, segundo levantamento do Jornal do Comércio. Apenas a JBS foi responsável pela contratação de 3,1 mil pessoas e, de acordo com o portal de notícias, pretende investir R$ 500 milhões no território gaúcho nos próximos dois anos.
Outra indústria que contratou foi a BRF. Desde o início da pandemia, a companhia já contratou cerca de 1 mil pessoas e deverá abrir mais 600 posições até dezembro. O grupo Marfrig também se soma ao movimento de ampliação do quadro de funcionários. Na unidade de São Gabriel, a empresa informou a contratação de 217 trabalhadores.
Na BRF, o reforço no quadro ocorre tanto em unidades produtivas quanto nos dois centros de distribuição, reforçando equipes em Lajeado, Marau, Serafina Corrêa e Nova Santa Rita. De acordo com a reportagem, por estar em período de silêncio exigido antes da divulgação de novos balanços, no caso de companhias de capital aberto, a BRF não comenta futuros investimentos. A companhia informou, no entanto, que o aumento das equipes no estado vem garantindo o abastecimento da população e cumprindo medidas de preservação da saúde em todo o contexto operacional.
No final de julho a BRF aprovou a captação de R$ 2,2 bilhões através da emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio – CRAs, com destino integral e exclusivamente para investimentos, custos e despesas relacionados à cadeia de produção. A primeira série dos CRAs tem valor de R$ 705 milhões e vencimento em sete anos. A segunda série, de R$ 1,495 bilhão, tem vencimento em 10 anos.