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Protocolo de inseminação artificial em suínos e suas diversidades

Protocolo nada mais é do que um conjunto de regras que visam organizar algumas tarefas afim de obter com segurança determinado resultado!

Protocolo de inseminação artificial em suínos e suas diversidades

Protocolo nada mais é do que um conjunto de regras que visam organizar algumas tarefas afim de obter com segurança determinado resultado! É importante esse entendimento para quando formos escolher um determinado protocolo de inseminação artificial, para entender não só como ele funciona, mas avaliar se ele tem condições de ser bem executado com a realidade da granja, ai sim, este será o melhor para você colocar em prática. A adoção do protocolo vai depender também de treinamento de colaboradores, qualidade espermática das doses recebidas ou produzidas na própria granja e por fim recomendação de veterinários, consultores e assessores técnicos que são responsáveis pelas orientações técnicas da propriedade. Assim, iremos abordar sobre os mais utilizados atualmente:

1) Primeira dose no turno seguinte a detecção de estro e as demais com intervalos de 8 -12 horas, ou seja, duas inseminações diárias. Este protocolo é mais comum encontrar em granjas menores até 500 matrizes, com produção de sêmen na própria granja e maior flexibilidade na disponibilidade de doses inseminantes.

2) Primeira dose já realizada na detecção de estro e as demais com intervalos de 20 – 24 horas, ou seja, uma inseminação diária. Este protocolo é usualmente utilizado em granjas maiores, as quais utilizam doses inseminantes provenientes das centrais de processamento de sêmen ou algumas vezes até de laboratórios próprios.

Para BORTOLOZZO F.P. & WENTZ I. 2000, a primeira inseminação deve ser realizada no momento que o estro é diagnosticado, visto que, um grande percentual de fêmeas já pode ter ovulado ou estar em processo de ovulação no momento em que o estro (cio) é detectado.

Além de uma definição assertiva do protocolo de inseminação de acordo com a realidade de cada granja, alguns cuidados devem ser tomados antes de realizar a primeira inseminação, tais como:

– Realizar um diagnóstico de cio sempre com a presença do macho reprodutor (rufião), utilizando o tempo necessário para que o rufião possa estimular as fêmeas e identificar as que apresentam os sinais de cio. Identificar apenas naquelas fêmeas que estão completamente imobilizadas com a presença do macho, sendo este um dos principais sinais do estro.

– Identificar no momento do diagnóstico do cio as fêmeas que apresentem anormalidades, como por exemplo: descarga vulvar, problemas locomotores, entre outros, que interferem na taxa de fecundação.

– Garantir ambiente limpo e seco para que no momento da inseminação reduzam as possibilidades de contaminações.

– Nas inseminações intra-cervicais, conhecidas como tradicionais, recomenda-se utilizar doses inseminantes diluídas em volume de 90 ml com concentração entre 3,0 à 3,2 bilhões de espermatozoides.

– No caso de uso de inseminações pós-cervicais recomenda-se utilizar concentração entre 1,5 à 2,0 bilhões de espermatozoides diluídos em volume de 50 a 60 ml por dose.

É muito importante observar os fatores que podem interferir na recomendação da concentração espermática na dose de sêmen, pois poderão variar de acordo com o processo utilizado na mensuração da qualidade e concentração espermática. Alguns laboratórios mais tecnificados possuem equipamentos com capacidade de medição de concentração e qualidade espermática mais precisa, permitindo diluir o sêmen assegurando a concentração de células viáveis e reduzindo a concentração espermática total da dose.

aJeovane Souza

Assessor Técnico em Suínos

Vaccinar Nutrição e Saúde Animal