Santana do Paraíso, cidade da Região Metropolitana do Vale do Aço, ganhou uma usina de biogás no modelo de Geração Distribuída (GD), usado para referenciar a energia gerada através de fonte renovável de pequeno porte, próxima do local de consumo.
A usina, instalada e operada pela ENC Energy Brasil, contou com investimentos de aproximadamente R$ 6 milhões e, nessa primeira fase, tem um motor com capacidade de geração de 1MW, localizado no aterro sanitário CTR Vale do Aço. Segundo a ENC, a energia é gerada a partir do biogás proveniente da decomposição do lixo orgânico. O biogás é uma mistura de gás metano e gás carbônico, gerado a partir da decomposição dos resíduos orgânicos na ausência do oxigênio.
O processo de transformação do gás em energia também reduz o odor do metano nas proximidades, de acordo com a empresa. Além desses benefícios, a queima e a geração de energia a partir do biogás geram créditos de carbono que podem ser vendidos para empresas comprometidas com o meio ambiente e interessadas em reduzir suas emissões de carbono. “Transformar esse gás em energia é um grande benefício para o meio ambiente, pois o metano causa um impacto 25 vezes maior no aquecimento global do que o gás carbônico queimado no processo de geração de energia elétrica”, informou a ENC.
A usina já está em funcionamento e sua a gestão comercial será feita pela Órigo, parceira da ENC Energy em outros empreendimentos, e focará em atender os consumidores de pequeno porte, base da pirâmide social. “Já estamos investindo no mercado de Geração Distribuída em todo o país, e agora é uma satisfação iniciar a operação em Minas Gerais, ajudando os consumidores a terem acesso à uma energia limpa” ressalta Igor Urasaki, Diretor Comercial da ENC Energy Brasil.
A experiência da ENC Energy com esse modelo de geração de energia mostra que o Brasil tem grande potencial para expansão da tecnologia de biogás. “As fontes renováveis já são uma fatia importante da matriz energética brasileira. A tendência é que isso cresça, pois a forma como o lixo é armazenado no Brasil permite que o biogás seja amplamente explorado. Ou seja, além dos benefícios ambientais, o impacto social positivo que essa cadeia gera é enorme”, afirma Carla Bernardes, Diretora Financeira da Companhia.