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Você sabe onde fica o maior centro produtivo de proteína animal do mundo?

Com uma vocação natural para o agronegócio, região registrou um forte desenvolvimento de atividades como avicultura, suinocultura, piscicultura e bovinocultura leiteira.

Você sabe onde fica o maior centro produtivo de proteína animal do mundo?

O metro quadrado com a maior produção animal do mundo fica região Sul do Brasil, com sua tríplice fronteira com Paraguai, Argentina e Uruguai. O oeste do Paraná é hoje o principal polo transformador de grãos em proteína animal do País. Com uma vocação natural para o agronegócio, a região registrou um forte desenvolvimento de atividades como avicultura, suinocultura, piscicultura e bovinocultura leiteira.

Região tradicional produtora de milho e soja, as agroindústrias têm investido nas últimas décadas na transformação desses insumos em carnes e leite, agregando cada vez mais valor a seus produtos a partir de novas tecnologias e processos, o que vem sendo acompanhado da construção de plantas industriais modernas e sustentáveis. “A região mostra uma expansão incrível, com inovação gerando produtividade e novos produtos para o mercado brasileiro e externo”, comenta Andrea Gessulli, diretora da Gessulli Agribusiness, empresa organizadora da AveSui EuroTier South America, evento que agrega os setores produtivos de aves, ovos, suínos, peixes e leite.

O Paraná ocupa atualmente a liderança brasileira no ranking de Estados produtores e exportadores de carne de frango. A avicultura paranaense é responsável por 34,32% do total produzido no país e por 37,20% do volume total embarcado para o mercado internacional. As regiões oeste e sudoeste do Estado concentram mais de 16 mil granjas avícolas distribuídas em sistema de integração mantidos por cooperativas e agroindústrias. Dos produtos exportados pelo Paraná, oriundos da região oeste, 70% é carne de frango. O tamanho da avicultura no oeste está atrelado à importância da produção de grãos na região, que corresponde a mais de 20% do total colhido no Estado, sendo que cerca de 40 mil famílias trabalham com produção avícola em suas propriedades na região.

Já a suinocultura tem registrado importantes investimentos nos últimos anos. Santa Catariana é o maior produtor de carne suína no Brasil. Com um plantel de aproximadamente dois milhões de matrizes produtivas  o estado é responsável por 28,38% doa abates do  país e responsável por 40,28% das exportações de carne suína brasileira.  A produção suinícola paranaense detém um plantel de 667 mil matrizes alojadas, com um rebanho representativo de 17,85% do total brasileiro. O Paraná ocupa a segunda posição no ranking produtivo do país, com 21,01%, e a terceira colocação entre os Estados exportadores, com 14,22%.

O setor lácteo vive um período de expansão em toda a região Sul do País, principalmente no Paraná. O Estado já é o segundo maior produtor nacional com 4,7 bilhões de litros, perdendo apenas para Minas Gerais. O município de Francisco Beltrão, no oeste paranaense, ocupa a liderança estadual, com 564 milhões de litros ordenhados/ano. Próximo dali, no oeste de Santa Catarina, Chapecó tem uma produção anual de 810 milhões de litros. Somados, os três Estados do Sul produzem 12,4 bilhões de litros de leite, o que representa 37% da produção nacional. O trio apresentou um crescimento 153,06% entre 2000 e 2016 e agora pretende ampliar consideravelmente a participação no mercado externo. Nesse objetivo, devem crescer os investimentos em tecnologias visando melhorias de qualidade, processos fabris e eficácia do campo à indústria. O modelo deve ser próximo dos adotados pelas cooperativas paranaenses, que passaram a atender o mercado doméstico com uma ampla variedade de produtos lácteos, chegado aos mais diversos nichos de consumidores.

O oeste paranaense se transformou na maior região produtora de peixes do país, tendo a tilápia como principal espécie cultivada. O sistema de integração implantado por cooperativas, dentro do mesmo modelo aplicado na criação de aves e suínos, foi o que impulsionou a expansão da piscicultura em 48 municípios próximos a Toledo e Cascavel. O oeste representa 69% de toda a produção do Paraná, maior produtor nacional com 112 mil toneladas. Desse montante, 91% se referem a criações de tilápias. A região ainda tem instalado o maior abatedouro de peixes do Brasil, com capacidade para o abate de 75 mil peixes/dia. Pertencente a C.Vale, e inaugurado no ano passado em Palotina, a planta industrial é resultado de um investimento de R$ 110 milhões. A expectativa é de aumento no consumo per capita de peixes no país, fixado em 9,5 kg, metade da média mundial. Tanto, que várias cooperativas da região têm investido em cortes congelados de peixes e outros produtos à base dessa proteína animal.

E os investimentos nesta região são constantes. Somente no oeste paranaense já foram anunciados para este ano mais de um bilhão de investimentos para os setores de proteína animal.  O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, bem como as cooperativas de crédito como Sicred e Cresol  foram os que mais contribuíram para os avanços da produção rural, possibilitando investimentos em mais tecnologias. E é nesta região que a maior parte das cooperativas de créditos estão presentes, viabilizando estes investimentos.

A realização da AveSui EuroTier South America e m Medianeira, município cerca de 60 km de Foz do Iguaçu, no oeste paranaense, foi uma decisão estratégica. Trouxe o evento para próximo dos produtores – grandes interessados em tecnologias e conhecimento técnico –, criando uma grande oportunidade para empresas expositoras promoverem lançamentos e estarem em contato direto com clientes e potenciais compradores. Além disso, a região fica muito próxima do oeste de Santa Catarina, outro importante polo ligado à produção animal e berço de várias das principais agroindustriais do País. Também, da fronteira com Argentina e Paraguai, de onde vem muitos produtores em busca de inovações tecnológicas para as suas criações agropecuárias.

Em 2019, a AveSui EuroTier South America será realizada novamente em Medianeira, entre os dias 23 e 25 de julho. A edição desse ano confirmou o acerto de levar o evento para o oeste do Paraná. A feira registrou excelente presença de público, com um alto nível de satisfação dos expositores. “Os corredores da feira estiveram ocupados por produtores, presidentes, diretores e técnicos das cooperativas, assim como representantes de agroindústrias, os quais entendem a AveSui EuroTier South America como um catalisador de inovações tecnológicas, negócios focados e conhecimento técnico-científico”, pontua Ricardo Gessulli, diretor da Gessulli Agribusiness.