Com o objetivo de suprir a produção de energia elétrica e gerar uma fonte alternativa de receita, o confinamento feito no Sítio São Pedro do Bonfim no município de Torrinha, SP, por meio da assessoria técnica da Premix, registrou aumento na produção e na qualidade das carcaças através da implantação de um projeto de produção de biogás com dejetos produzidos pelos animais.
Iniciado em 2018, o programa com contou com 12 visitas técnicas da equipe ao longo de um ano e abrangeu cerca de 2 mil animais em um confinamento com capacidade estática para aproximadamente 650 cabeças – obtendo três giros ao longo do ano. Segundo a empresa, os animais suplementados com os produtos da linha de confinamento entraram com peso vivo médio de aproximadamente 380 kg e foram abatidos com média de 570 kg após 110 dias.
A equipe técnica do grupo indicou o produto “Núcleo Alto Desempenho Natural” – composto de aditivos naturais. O resultado foi abates recentes com ganho médio diário (GMD) de 1,622 kg/animal/dia, ganho de carcaça diário de 1,113 kg e rendimento de carcaça de 56%. Com isso, a fazenda obteve rentabilidade mensal de 2,96%, demonstrando eficiência técnica e econômica.
O biodigestor da propriedade, por sua vez, tem capacidade para armazenar cerca de 900 metros cúbicos de biogás, que alimenta um motor gerador de energia elétrica que consome, em média, 40 m³/hora do gás natural. O motor ligado 20 horas por dia produz 45 mil kW ao mês. Sendo o consumo mensal do confinamento de apenas 480 kW ocorre um excedente de energia elétrica mensal de 44.500 kW que é exportado para a rede elétrica e comercializado com empresas ou indústrias que precisem de energia limpa e renovável. Dependendo da bandeira praticada no momento, essa produção de energia pode gerar uma receita adicional de aproximadamente R$ 26 mil por mês à fazenda.
De acordo com André Pastori D’Áurea, consultor técnico da Premix, o biofertilizante produzido poderá substituir os adubos NPK nas lavouras e enriquecer o solo com matéria orgânica, gerando aumento na produtividade e economia em adubação. “Através das nossas análises, concluímos que os resultados com a utilização do biofertilizante permitem uma economia de aproximadamente 40% no uso de adubo nitrogenado, considerando a ureia como fonte desse nitrogênio, impactando econômica e ecologicamente a atividade”, destaca D’Áurea.
Atualmente, o Sítio São Pedro do Bonfim está sendo licenciado pela Cetesb como propriedade ecologicamente correta e sem impactos ao meio ambiente por conta dos excelentes resultados com a utilização do biodigestor.