A automação deverá ter grande protagonismo para a melhoria da eficiência das instalações de sistemas de refrigeração industrial nos próximos anos. A chegada do conceito de IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas em português) será a responsável por esse avanço. A opinião é do Paulo Reis, presidente do Departamento Nacional de Automação da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento).
Reis alerta, no entanto, que o Brasil ainda caminha a passos lentos diante de outros países. “Nos Estados Unidos e na Europa as indústrias de refrigeração já trabalham com essa realidade. Todavia, a implantação de um sistema de automação integrada, que possibilite um controle mais eficaz dos equipamentos e garanta seu funcionamento correto, deve chegar aos poucos aqui a partir de 2020”.
A experiência indica que utilização de automação integrada em todo o sistema representa uma economia de energia entre 15% e 20%. Essa automação pode ser feita através da rede de controladores dedicados a cada um dos componentes da instalação, que trabalham de forma integrada, buscando o ponto ótimo de performance em função das condições operacionais.
Por isso, Reis garante que a busca por melhor eficiência nos sistemas de refrigeração é uma constante. “É só ver o que acontece em supermercados que estão trocando as gôndolas abertas por sistemas fechados, para garantir uma eficiência energética. Mas existem, fora do Brasil, sistemas que possibilitam a leitura do código de barras nesses balcões refrigerados, emitindo um aviso quando o prazo de validade estiver próximo, por exemplo. E isso requer investimento da empresa em tecnologias como a Internet das Coisas”, lembra.