Os consumidores de diferentes partes do mundo estão cada vez mais preocupados com o bem-estar animal. Os cuidados não se voltam apenas aos animais de companhia. Todos estão atentos à forma em que são criados os animais de produção, como aves e suínos. Afinal, o que acontece com os animais que não conseguem prosseguir até o abate? A resposta está na eutanásia. A medida é aplicada em casos em que não é mais viável manter o animal no sistema produtivo, ou em condições em que apresente sofrimento iminente, como fraturas, lesões abertas, condições que não respondem a tratamento, etc.
O Brasil possui, atualmente, diferentes metodologias de eutanásia homologadas e que podem ser empregadas nas unidades de produção de suínos. “Seja qual for o método escolhido, ele precisa ser simples de executar, seguro e estar de acordo com as regras preconizadas pelas legislações internacionais, a fim de atender os princípios de bem-estar dos animais, das pessoas envolvidas nesse trabalho e assegurar uma produção ética e sustentável”, conta Juliana Ribas, coordenadora de produção da Agroceres PIC, mestre em Produção Animal pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
O Brasil dispõe de ferramentas que regulamentam a eutanásia de animais. Uma delas foi desenvolvida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). No entanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acaba de editar e publicar o Guia de Eutanásia de Suínos em Granjas – Boas práticas para o bem-estar na suinocultura.
Notícias Relacionadas
Segundo Juliana Ribas, o documento reúne, de modo organizado, as metodologias indicadas pelo Mapa para a eutanásia de suínos de acordo com as premissas preconizadas pelas instituições internacionais de bem-estar animal, inclusive da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
Diante dessas novas metodologias, torna-se fundamental a capacitação dos profissionais para a correta aplicação dos métodos de eutanásia, ressalta Juliana Ribas. Em seguida, é importante difundir o conceito de eutanásia para a melhoria do bem-estar animal na produção de suínos. “Precisamos disseminar esse conhecimento no campo, deixando clara a importância da eutanásia dentro do processo produtivo como uma condição indispensável para uma produção sustentável”, avalia.
Juliana Ribas será a coordenadora do Painel Métodos de eliminação (“Eutanásia”) para animais suínos e aves, no 19º Seminário Técnico Científico de Aves, Suínos e Peixes, que ocorre dentro da AveSui América Latina. O intuito da iniciativa será o de aprofundar as discussões acerca da eutanásia, enfocando a importância de sua adoção e da correta execução de seus procedimentos nas unidades de produção de aves e suínos.
“Construiremos uma programação com uma abordagem bastante completa do assunto, dando ênfase em aspectos como os métodos disponíveis, sua aplicabilidade prática no campo, bem como suas limitações e desafios”, explica a coordenadora. Ela complementa que outro objetivo do painel é aliar uma abordagem técnica e prática ao tema, de forma a oferecer informação atual e de qualidade aos participantes.
SOBRE A PROGRAMAÇÃO
Com o intuito de difundir novos conhecimentos, pesquisas de ponta e debater avanços proporcionados pelo uso de novas tecnologias, o Instituto Oswaldo Gessulli (IOG) realizará nos dias 28, 29 e 30 de julho de 2020, o 19º Seminário Técnico Científico de Aves, Suínos e Peixes e o 5º Congresso de Zootecnia de Precisão – “Inteligência Artificial a Favor da Produção Animal”. A programação completa deverá ser divulgada em breve.
SOBRE A AVESUI AMÉRICA LATINA
Com 19 anos de pioneirismo na realização de parcerias, seminários técnicos, lançamentos e novos negócios, a AveSui se consolidou através dos anos como o ponto de encontro dos setores de aves, suínos e peixes da América Latina, sempre atualizada e trazendo novidades.
A AveSui acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de Julho de 2020 na cidade de Medianeira, Paraná, na Lar Centro de Eventos. A visitação à feira é gratuita para profissionais do setor. Saiba mais em www.avesui.com.
