Mesmo com Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) movimentando cerca de R$ 578,2 bilhões em 2018, segundo dados Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o agronegócio ainda tem grandes desafios e lacunas quando falamos em produtividade.
Ainda que as projeções para 2019 apontem um crescimento nos resultados – faturamento na casa dos R$ 391,8 bilhões na área de lavouras e de R$ 186,3 bilhões em pecuária – o investimento em tecnologia e monitoramento da produção não são adequados quando nos deparamos com as melhores práticas mundiais, ainda mais se levarmos em conta a realidade da agroindústria 4.0.
Segundo Maurício Ciaccio, diretor comercial para as regiões Sul e Sudeste da Avantia , empresa de inovação que utiliza Inteligência Artificial para extrair informações de imagens e gerar melhoria de processos, aumento da segurança e redução de custos aos clientes através de tecnologias proprietárias, existem soluções de videomonitoramento acessíveis e que podem oferecer maior eficiência, segurança e controle para a produção.
“O essencial é monitorar eventos-chave. Hoje, com ajuda de algoritmos treinados e sensores inteligentes, conseguimos identificar variações e detectar possíveis movimentos que provocam alterações no ambiente. Um único operador se torna capaz de monitorar várias áreas a partir de um centro de comando, podendo enviar alertas diretamente para a equipe responsável na fazenda”, salienta Ciaccio.
A expansão deste mercado passa cada vez mais pela tecnologia, o chamado Agronegócio 4.0. Para a sua consolidação, a estratégia das empresas é aprimorar ainda mais a infraestrutura de TI para suportar as novas ferramentas.
“Além do videomonitoramento, o agronegócio deve investir em dispositivos e aplicações de Internet das Coisas – objetos conectados por meio da rede e que permitem trocas de dados entre si para as mais diversas atividades. A integração de ferramentas com GPS, drones, sistemas de gestão, entre outros, torna o agrobusiness mais rentável, reduzindo custos com mão-de-obra, além do potencial analítico de apontar falhas de produção, gargalos e oportunidades que seriam invisíveis sem o trabalho sobre as informações. Assim o setor ganha em competitividade”, salienta Ciaccio.