O cultivo de peixes já se tornou uma das principais atividades econômicas em algumas regiões e, na próxima década, deve ser uma realidade mais comum. Somente em 2017, a piscicultura brasileira cresceu 8%, atingindo 691,7 mil toneladas. Reconhecendo sua importância para o agro nacional, a AveSui 2018 abre suas portas para a piscicultura apresentando novidades e tecnologias para agregar neste setor ainda mais qualidade. Durante os dias de feira, de 01 a 03 de agosto, acontecerá o XVII Seminário Técnico Científico para pesquisadores, acadêmicos, profissionais, técnicos irão difundir as principais pesquisas sobre o desenvolvimento e inovação do setor no Painel de Piscicultura, que acontece no dia 02 de agosto.
Seguindo para o Paraná, maior produtor de peixes em cativeiro do Brasil, a AveSui irá agregar em sua feira esse segmento com o objetivo de apresentar aos produtores do Brasil e exterior tecnologias de ponta empregadas na piscicultura e ampliar a participação deste mercado em novos negócios.
Múltiplas produções
Escolhendo como palco uma das principais regiões de atuação das cooperativas, a feira irá receber produtores que têm na piscicultura um aumento de renda. De acordo com Márcio Lopes, presidenta da Organização das Cooperativas do Brasil, a produção de peixes tem sido uma opção de renda para muitos cooperados. “Diversas cooperativas são pioneiras na produção de peixes, e novas estão surgindo criando e desenvolvendo essa área. A produção é feita em áreas que normalmente não eram aproveitadas. Um produtor com tanque de peixes pode formar uma renda extra, é muito interessante para o cooperado produtor também por ser uma atividade que não foge do perfil da cultura dele”, explica.
Assim, a AveSui irá proporcionar ao produtor de aves, ovos e suínos que também está investindo na produção de peixes a oportunidade de encontrar em um só espaço empresas que oferecem soluções em equipamentos, nutrição, manejo e saúde animal necessária para fomentar o seu negócio na piscicultura.
Conhecimento técnico
Engana-se quem pensa que a criação de peixes é simples. “Não é uma atividade tão simples, é muito técnica, precisa de tecnologia, investimento em conhecimento e por isso que as cooperativas acabam ajustando isso melhor já que possuem proximidade maior com o produtor que, através disso, conseguem ter uma assistência técnica, com base para poder alavancar essa cadeia”, comenta Márcio Lopes.
Logo, a oportunidade de atualização sobre pesquisas, desenvolvimento, novas tecnologias e alternativas para aplicar à campo é essencial para ampliar o conhecimento do produtor de peixes. Assim, o XVII Seminário Técnico Científico de Aves, Suínos e Peixes irá abrir um painel com os grandes pesquisadores dessa cultura para discutir o que há de mais atual nas pesquisas sobre a produção de peixes no Brasil e no mundo. O Painel de Piscicultura, que acontece no dia 02 de agora, reunirá em um só espaço empresas, técnicos, profissionais e acadêmicos sob coordenação do médico veterinário e mestre em Aquicultura, Gelson Hein, coordenador regional da cadeia de piscicultura e pesca do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER).
Fábrica de Peixes
Luiz Roberto Pelosi de Oliveira, diretor técnico da empresa Recolast, especializada em produtos para produção de peixes, reforça que a piscicultura é uma a atividade complementar a qualquer outra existente na propriedade, “você pode produzir grãos, criar frango, suínos enfim vai gerar renda e ocupar as ociosidades da propriedade”. Preparando o lançamento da Fábrica de Peixes modular durante a AveSui 2018, Oliveira explica que o projeto permite que o produtor adquira sua fábrica de peixes fracionada que ofereça a possibilidade de fazer upgrades para aumentar a produção e biossegurança. “Piscicultura, Paraná e Cooperativas são uma mistura explosiva, só teremos muito crescimento. A tilápia será o frango desta década”, conclui.