A paralisação dos caminhoneiros já não tem mais credibilidade, avalia a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), instituição que representa 20 mil suinocultores do Brasil. Em nota divulgada à imprensa, a entidade afirma que “essa manifestação tem colocado em risco a saúde, a alimentação, a segurança e o bem-estar dos consumidores e dos animais, que dependem de uma inter-relação de serviços e mão-de-obra de todo o país, cujo cotidiano tem sido severamente afetado”.
O impacto para a suinocultura no Brasil, que é o 4º maior produtor mundial da proteína, já atinge 20 milhões de suínos, os quais não estão recebendo alimentação suficiente. Há 167 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas e mais de 234 mil trabalhadores estão com atividades suspensas.
‘A liberação de estradas se faz necessária para evitar maiores problemas com desabastecimento, danos ao meio ambiente e à saúde pública, e ainda que milhões de animais continuem morrendo”, ressalta a ABCS.
Segundo a associação, a continuidade da greve pode gerar o fechamento de granjas, agroindústrias e cooperativas, “que empregam centenas de milhares de brasileiros e movimentam a economia nacional e internacional, colaborando para o agronegócio brasileiro com um quarto da economia do país”.
No entendimento da ABCS, a busca por direitos legítimos é de todos nós, mas deve ser feita com racionalidade. “Assim, em nome de todos os suinocultores desse país, esperamos o retorno da normalidade, para que nós, os brasileiros que produzem alimento, trabalham duramente e pagam impostos, não sejamos ainda mais penalizados. O momento é de pensarmos em sobrevivência”, conclui a nota.