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EUA x China

Carne suína chinesa deve pagar alto preço na disputa com EUA

O olho por olho comercial já atrapalhou os fluxos de comércio da indústria de commodities, do sorgo ao carvão

Carne suína chinesa deve pagar alto preço na disputa com EUA

PARIS (Reuters) – Os consumidores chineses podem enfrentar preços significativamente mais altos pela carne suína no médio prazo, após Pequim impor mais tarifas de importação aos produtos agrícolas dos Estados Unidos, em sua disputa comercial com Washington, disse a OCDE e a FAO nesta terça-feira (3).

A China disse no mês passado que imporia um imposto de importação extra de 25% em mais de bens norte-americanos, incluindo soja, em 6 de julho. Isso foi em resposta ao plano de Washington de tributar US$ 50 bilhões em produtos chineses à medida que a disputa comercial entre as duas principais economias do mundo aumentava.

O olho por olho comercial já atrapalhou os fluxos de comércio da indústria de commodities, do sorgo ao carvão, e inflacionaram os preços dos ingredientes para ração animal, como o farelo de soja.

A China, maior produtora e importadora de carne suína do mundo, depende muito do farelo de soja para alimentar suínos, disse a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em 2018-2027.

“No médio prazo, tarifas mais altas e, consequentemente, custos mais altos para a soja e grãos para alimentação aumentariam os custos de produção para a indústria chinesa de carne suína”, disseram eles.

“Isso, combinado com tarifas mais altas e, portanto, preços mais altos para a carne suína importada, poderia levar a aumentos notáveis nos preços domésticos da carne suína.”

Mas os efeitos no mercado de longo prazo da disputa nos EUA devem ser modestos, uma vez que a China pode potencialmente obter seus produtos agrícolas de outros países, enquanto os Estados Unidos têm potencial para abastecer outros mercados, segundo a OCDE e a FAO.