As exportações de ovos férteis saltaram 26,4% nos primeiros nove meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2017, segundo dados do MDIC (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Avanço que seria ainda maior não fosse a desaceleração nos embarques a partir do início do segundo semestre.
São mais de 156 milhões de unidades de ovos férteis vendidos pelo Brasil até setembro. Se mantida a média mensal, as exportações chegarão a 208 milhões de unidades, 22% a mais do que no ano passado.
O presidente do Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), Domingos Martins, afirma que o Brasil é referência mundial em biossegurança no setor. Por isso, as grandes empresas que controlam o mercado internacional investiram na produção a partir do País para direcionar a mercados produtores de aves de corte e de postura na América Latina, na África e até a Ásia. “O que chamamos de ovos de avós tiveram uma valorização significativa”, diz. “Mas mesmo os ovos de matrizes vêm tendo um crescimento de mercado vertiginoso.”
Martins conta que algumas pequenas e médias empresas de ovos férteis começaram a se interessar por áreas virgens no Paraná. “Ortigueira, Reserva e Guarapuava são algumas das regiões que produzem ovos férteis, porque a produção exige acesso restrito por questões de biossegurança.”
Para matrizes de frango de corte, ele estima em 11 os produtores nacionais e apenas três deles dominam boa parte do mercado. “Temos várias empresas que ainda produzem para integração ou consumo próprio de matrizes, mas em Francisco Beltrão, uma delas exporta”, conta o presidente do Sindiavipar.