Em 2018, a renda no campo somou pouco mais de R$ 74 bilhões, de acordo com o resultado preliminar do Valor da Produção Agropecuária (VPA), calculado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Esse montante é 2,81% menor que o obtido no ano anterior, o que pode ser justificado pela redução de 8,14% no VPA da cana-de-açúcar.
Entre os dez primeiros produtos do ranking, apresentaram redução, além da cana-de-açúcar, os VPAs da laranja para indústria (-2,04%); os ovos de galinha (-4,76%); e o leite (-5,75%). A carne bovina se manteve praticamente estável (+0,15%); enquanto a carne de frango (+1,8%); os grãos: soja (+21,72%) e milho (17,62%), o café beneficiado (+23,05%) e a laranja de mesa (+4,11%) oscilaram positivamente. Esses produtos representaram aproximadamente 83% do VPA total do Estado de São Paulo.
Dos cinco grupos de produtos considerados, apenas o de Grãos e Fibras apresentou crescimento do VPA (15,56%) com consequente aumento de sua participação no VPA total do estado, que evoluiu de 9,5% para 11,3%, destacam José Roberto da Silva, Paulo José Coelho, Denise Viani Caser, Carlos Roberto Ferreira Bueno, Eder Pinatti e Carlos Nabil Ghobril, pesquisadores do IEA.
O grupo que apresentou a maior queda de VPA em 2018 foi o das Frutas Frescas, 8,9%. Das 14 frutas consideradas, 6 apresentaram redução do VPA, sendo que a tangerina apresentou maior redução (-43,76%). Também oscilaram negativamente os VPAs do grupo de Olerícolas (-2,75%) e o de Produtos Animais (-0,86). Dos sete produtos que compõem esse grupo, três apresentaram redução de valor, o mel foi o que apresentou a maior queda (-23,55%).