Uma alternativa para driblar os altos custos de compra de um sistema fotovoltaico em casa ou na empresa está no consórcio, que funciona como uma poupança programada, sem a cobrança de entrada e juros. “É um sistema de autofinanciamento, no qual as pessoas vão pagando parcelas para formar um fundo. Quanto mais o grupo arrecada, melhor para os participantes”, explica Marini.
Especialista em consórcio de imóveis, a Ademilar conta com planos diversos para a compra de painéis solares. Os créditos variam de R$ 85 mil reais a R$ 2 milhões, com parcelas a partir de R$ 360. O crédito é atualizado anualmente com base no INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), o que garante poder de compra. Vale frisar que a compra do sistema fotovoltaico, por meio do consórcio, pode ser feito se o consorciado optar pelo processo de reforma.
O consórcio pode ser feito tanto por pessoas físicas como jurídicas. As contemplações mensais acontecem por sorteio e lances. Além disso, o consumidor pode contar com consultoria para saber qual sistema fotovoltaico adotar, de acordo com o valor gasto em energia. “O cliente entrega a conta de luz e a empresa que faz a parceria com o licenciado Ademilar já desenvolve o projeto ideal para cada cliente”, finaliza Marini.
Usina solar a custo zero
Uma usina solar que gera energia para utilização no câmpus Ecoville da Universidade Positivo, em Curitiba, acaba de entrar em funcionamento. A geração é equivalente ao abastecimento de 46 residências e deixa de emitir 8 toneladas de CO2 por ano na atmosfera. A grande novidade é que para implantar a tecnologia a instituição não teve custo. A transação utilizada foi viabilizada por meio da Alexandria – empresa brasileira de tecnologia especializada em energias renováveis – que buscou uma alternativa que tivesse o pagamento mensal menor do que o custo com a concessionária de energia. “Além de ter uma economia imediata, outra vantagem é que depois de um período, a usina passa ser propriedade do cliente a custo zero”, afirma o empresário Alexandre Brandão responsável pelo negócio.
Segundo Brandão, os repasses mensais dos clientes são revertidos em LexTokens, a unidade de financiamento das usinas. A instalação da usina solar nesse modelo é apenas a primeira fase de implantação de um grande projeto. A Universidade Positivo montou um estudo de implementação de forma faseada, que irá combinar vários tipos de energias renováveis e deve seguir no próximo ano com objetivo de dar autossuficiência energética para o grupo.
De acordo com o gerente de Serviços Administrativos da Divisão de Ensino do Grupo Positivo e Gestor do Projeto de Eficiência Energética, Jair Bordignon, a Universidade Positivo já buscava uma solução sustentável há algum tempo. “A usina solar é fundamental tanto do ponto de vista ecológico, quanto do acadêmico. Os estudantes de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia, por exemplo, podem utilizar a usina para a prática pedagógica. Além disso, a usina integra o Sistema de Gestão Ambiental da instituição, que já conta com o mercado livre de energia” explica.