O Brasil comunicou a todos os países que compram carnes dos 21 frigoríficos investigados pela Polícia Federal a suspensão dos seus registros de exportação, segundo o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em relação às conversas que o Mapa tem tido com autoridades de governos estrangeiros sobre a Operação Carne Fraca da Polícia Federal, destacou que “é natural agora recebermos pedidos de esclarecimento de cada um desses países.” De acordo com Maggi, essa é uma chance para o governo brasileiro dar informações detalhadas a cada país, a fim de evitar embargos totais e por tempo indeterminado.
Maggi reforçou a “segurança e a robustez” dos sistemas brasileiros de produção de carnes e de defesa agropecuária. “Estamos dando aos mercados importadores a garantia de que não há problemas com os produtos embarcados. Não podemos ser embargados definitivamente pelos países, porque teríamos prejuízos imediatos e no futuro.”
O ministro ressaltou também que o objetivo, no momento, é tranquilizar os mercados interno e externo. “Nosso sistema detecta tudo. É totalmente rastreado. Ontem, por exemplo, vimos que havia um caminhão levando mercadoria para o Chile. Então, pedimos ao frigorífico que o veículo retornasse para não criar problema com o país. Podemos determinar, por exemplo, em qual navio e em qual posição no mar estão os contêineres.”
Como parte da estratégia de reforçar a transparência do sistema brasileiro de produção de carnes, Maggi esteve nessa terça-feira (21) em uma unidade da Seara, no município da Lapa, região metropolitana de Curitiba. A empresa é exportadora de carnes e foi citada na operação da Polícia Federal. A visita do ministro serviu para mostrar a regularidade dos procedimentos sanitários adotadas na produção.