Sobre as crescentes exigências do consumidor pelo uso restrito de antimicrobianos promotores de crescimento na produção animal, é possível sim fazer um uso mais racional destes produtos e ainda manter a eficiência produtiva. Para isso, é necessário um trabalho de biosseguridade aliada a um programa de prevenção de doenças e manejo, defendeu nesta terça-feira, dia 7 de novembro, o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Gustavo Lima, durante a palestra “Como escolher ingredientes funcionais para a saúde intestinal de aves e suínos”, na 31ª Reunião Anual do CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal).
O especialista explicou a importância dos antimicrobianos na produção animal lembrando do seu papel não apenas na melhora da eficiência produtiva, como também na redução de dejetos. “Eles (os antimicrobianos promotores de crescimento) foram importantes e facilitaram a intensificação da produção de proteína animal. Seu uso é uma medida de sustentabilidade uma vez que estes produtos contribuem para reduzir os dejetos. Mas a gente precisa saber utilizar de uma maneira mais racional. O sistema de produção foi levado para o uso contínuo destes produtos”, afirmou.
Ainda nesta linha, ele alertou que um programa de uso racional de antibióticos exige uma série de medidas antes de alterações na formulação de dietas. Ele apresentou um trabalho realizado pela Universidade de Iowa e pelo USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, encomendado por produtores de suínos americanos. De acordo com o estudo, fontes alternativas melhoraram o desempenho dos animais em 28% dos casos e manteve os resultados em 66%. Entre as fontes proteicas especiais, como o plasma, por exemplo, a efetividade do ATM alternativo e o desempenho do plantel teve uma melhora em 31% dos experimentos.