As lavouras de soja de Santa Catarina enfrentaram alguns problemas climáticos, como o excesso de chuva no ano passado e um período de duas a três semanas de estiagem no início de 2016. Mesmo assim, o estado deve colher uma safra recorde, superando o 1,9 milhão de toneladas no ano passado. Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica uma safra de 2,1 milhões de toneladas, sendo 10% superior ao ano passado. Parte disso se deve ao aumento de 5% na área plantada, passando de 600 mil para 630 mil hectares. O restante do acréscimo se deve a um aumento de produtividade.
Animados com os bons preços, os agricultores investiram em adubação e controle de pragas. A quebra não deve chegar a 10%, segundo o presidente da Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Enori Barbieri. Ele considera que os agricultores vão ter um bom lucro, pois plantaram com o dólar mais baixo e estão colhendo com um dólar alto, que mantém preços superiores a R$ 70 a saca de soja.
No milho, Santa Catarina deve ter uma redução da produção de 8,9%, segundo a Conab, em virtude de uma redução de área nessa mesma proporção. O preço do milho também teve um grande reajuste, saindo de R$ 22 a R$ 23 a saca no plantio, para atuais R$ 39. No entanto, o preço deve ter uma leve queda nos próximos dias quando os portos começam a focar na exportação de soja.