A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, voltou a sair em defesa da presidente Dilma Rousseff, depois que a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment, neste domingo (17/4). Ainda na madrugada desta segunda-feira (18/4), via twitter, Kátia reafirmou sua crença de que Dilma não cometeu o crime de responsabilidade do qual é acusada.
“A luta não acabou. Hoje foi a admissibilidade na Câmara. No Senado que será votado o mérito. Continuo ao lado da Presidente acreditando em sua honestidade. Não roubou e não cometeu crime de responsabilidade”, postou a ministra, destacando também o caráter pacífico das manifestações na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde foram reservados espaços para apoiadores e opositores do governo.
A conta no Twitter tem sido constantemente utilizada pela ministra para comentar não apenas assuntos ligados ao governo, mas também se posicionar em relação ao processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Foi também pela rede social que ela informou que, diferente do recomendado pelo seu partido, o PMDB, que rompeu a aliança com o PT, que não entregaria seu cargo nem deixaria a legenda.
Seu posicionamento a favor de Dilma a colocou em divergência não só com a legenda que assumiria o governo caso a presidente da República seja afastada, mas também com entidades do setor agropecuário. Entre elas, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da qual é presidente licenciada, que apoia o impeachment, a exemplo de outras representações, como a Sociedade Rural Brasileira (SRB).
Apesar de, mais uma vez, se manifestar a favor da presidente, Kátia Abreu, que tem mandato de senadora, não sinalizou se pretende se afastar do Ministério para participar da votação do processo de impeachment na Casa. A mesma postura foi adotada neste domingo por ministros que são deputados federais, casos de Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde).