As cooperativas do oeste paranaense que atuam com avicultura estão solicitando maior celeridade no registro de aviários de frango de corte à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, e o gerente do departamento avícola da C.Vale, Maikon G. Buttini, discutiram o assunto com o diretor-presidente da entidade, Inácio Afonso Kroetz, em reunião que contou ainda com a presença do fiscal de Defesa Agropecuária da Gerência de Saúde Animal, Rafael Gonçalves Dias. O encontro ocorreu nesta terça-feira (26/07), na sede da Adapar, em Curitiba.
Documento
Na oportunidade, foram entregues à Inácio Kroetz diversas propostas que poderiam resultar em maior agilidade na obtenção do registro dos aviários dentro das exigências legais, em especial as previstas nas Instruções Normativas números 56 e 59. As sugestões foram levantadas num encontro ocorrido no mês de abril, em Cascavel, que contou com a participação da Ocepar e de outros frigoríficos que abatem aves, além das cooperativas.
Morosidade
O documento aponta como uma das dificuldades a morosidade encontrada nas unidades de atendimento da Adapar no encaminhamento dos processos de registro dos aviários. Há casos em que os protocolos foram abertos em 2012 e ainda estão pendentes. Assim, os representantes da indústria e do cooperativismo sugerem a possibilidade de simplificar o procedimento de protocolo e que seja definido um prazo máximo para o fornecimento do registro. Também sugeriram padronização no atendimento e na fiscalização. Eles propuseram ainda que o prazo de quatro anos para renovação dos registros dos aviários, como ocorre em outros estados. O documento, que engloba ao todo 10 itens, foi encaminhado pelas cooperativas C.Vale, Copagril, Lar, Copacol e Coopavel, e pelas empresas Globoaves e Frango Bello. Elas assumiram o compromisso de adequar estruturalmente as instalações avícolas e protocolar todos os aviários na Adapar até o dia 31 de dezembro de 2016.
Próxima reunião
O gerente do departamento avícola da C.Vale, Maikon G. Buttini, que representou as demais cooperativas na reunião com Kroetz, disse que a intenção do encontro foi promover um alinhamento técnico em relação ao registro dos aviários.“Nós estamos dispostos a cumprir o que a legislação determina e o Estado também tem preocupação que isso ocorra. A ideia é ajustar essas expectativas para que as coisas possam fluir”, disse. “A avicultura é uma atividade vital para as cooperativas paranaenses, que abatem cerca de dois milhões de frango por dia, sendo que no Estado o abate diário chega a cinco milhões de cabeças. Além disso, a questão da sanidade é muito importante e queremos encontrar soluções em conjunto com a Adapar para estas questões”, acrescentou o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti.
Reunião
Ainda de acordo com ele, ficou pré-agendada a realização de uma nova reunião para tratar do assunto, no dia 2 de setembro, em Cascavel, no Oeste do Paraná, com representantes da Adapar, Ocepar e cooperativas.