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Agroindústria

Com queda de consumo no país, indústria frigorífica amplia exportação

No 1º semestre, Aurora registrou crescimento de 37% na receita

Com queda de consumo no país, indústria frigorífica amplia exportação

Terceiro maior grupo da indústria de carne no país, a Cooperativa Central Aurora Alimentos, de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, passa por uma série de desafios para minimizar os impactos causados pela crise econômica.

Além de se adaptar as mudanças de hábitos do consumidor brasileiros, fomentar a rentabilidade dos cooperados, a cooperativa ampliou a exportação para recuperar o fôlego diante da queda no consumo no país.

“Existe uma superoferta no mercado interno de produto. Se não fosse a exportação estaríamos distribuindo os produtos para as pessoas por conta das dificuldades do escoamento da produção”, afirma o vice-presidente, Neivor Canton.

Na avaliação do vice-presidente o ano, em face da instabilidade econômica interna associada ao comportamento do dólar, é considerado de desafios e oportunidades. “O momento é de não deixar a engrenagem parar”, afirma.

A produção envolve pequenas propriedades rurais, que representam ao todo 71 mil famílias associadas às 13 cooperativas.

No primeiro semestre, a Aurora registrou um crescimento de 37% na receita da exportação de carnes de aves e carnes suínas em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 1,137 bilhão. Apesar disso, o mercado externo não está lucrativo como nos anos anteriores.

“Eles acompanham nosso drama e conhecem a realidade desta cadeia tão complexa. Quando se tem uma oferta exagerada, o comprador tem mais opções de escolha e de valores”, explica.

O volume embarcado pela Aurora no período chegou a 166.134 toneladas de produtos, uma média de 27 toneladas por mês. Em 2015, obteve uma receita operacional bruta na ordem de R$ 7,7 bilhões, dos quais R$ 1,85 bilhão foram por meio das exportações – somando um crescimento mundial na ordem de 35%.

Segundo Canton, a expectativa para 2017 é para a regularização da oferta abundante de matéria-prima, como boas safras de grãos ou de importação de milho e também da possível retomada de consumo no mercado doméstico, que absorve em torno de 70% da produção de aves do país e 84% da produção de suínos.