As cooperativas brasileiras intensificaram a importação de milho no ano de 2006 e, no mês de outubro, o volume cresceu mais de 50% em relação ao ano passado de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio. Segundo o analista de mercado e diretor da consultoria Céleres, Anderson Galvão, o ano de 2017 tem tudo para ser de preços
“Devemos trabalhar com preços mais baixos em 2017, quando comparados em 2016. No entanto, entendemos que será um mercado de boa liquidez para o produtor. O pior cenário para o produtor é não ter liquidez para o seu produto”, disse o analista.
Nos cálculos da Céleres, a produção total de milho no Brasil ficou de 12 a 13 milhões de toneladas abaixo do potencial máximo na safra atual e essas toneladas acabaram fazendo falta na cadeia de suprimento pelo lado do consumidor. Com isso, o Brasil acabou buscando o produto no mercado internacional, intensificando as importações. “O volume de milho importado que entra acabou amaciando o mercado, principalmente aqueles mais próximos dos portos”, disse Galvão.
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Para o analista, o agricultor brasileiro terá uma boa produtividade no ano que se aproxima. “Eu diria que a safra 2016/201717 evolui em condições para bons níveis de produtividade. O que leva a crer, então, que esse produtor vai sustentar renda via produtividade, não necessariamente via preço. Em 2016, a renda dele veio pelo preço e não tanto produtividade.”
