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Agroindústrias

Aurora fortalece presença no mercado internacional de carnes

A receita total foi 80% dela obtida no mercado doméstico e 20% no mercado internacional.

Aurora fortalece presença no mercado internacional de carnes

A Cooperativa Central Aurora Alimentos, de Chapecó, terceiro maior grupo agroindustrial brasileiro, amplia sua presença no mercado externo. No ano passado, obteve o melhor resultado líquido de seus 45 anos de história nos mercados nacional e mundial, quando a receita operacional bruta chegou a 6,7 bilhões de reais e as sobras atingiram 417,9 milhões de reais.

A receita total foi 80% dela obtida no mercado doméstico e 20% no mercado internacional. As vendas no mercado externo que se elevaram em 30% e atingiram um faturamento líquido de 1,3 bilhão de reais. Os principais itens exportados foram carnes de aves (988 milhões de reais) e carnes suínas (390 milhões de reais).

O presidente Mário Lanznaster destaca que, em 2015, a Cooperativa Central mantém o vetor de crescimento e se consolida no mercado externo, exportando para mais de 70 países. A média de embarques no ano passado foi superior a 20 mil toneladas mensais, sendo 15 mil toneladas de carne de aves e 5 mil toneladas de carne suína.

A previsão para este ano é otimista: as receitas com vendas externas devem  representar 25% da receita operacional bruta. Essa expectativa está ancorada na produção da unidade de suínos de Joaçaba, que está obtendo habilitações específicas para exportar para Singapura, Japão e Chile, assim como a nova unidade de aves adquirida da Cooperativa Cocari (Mandaguari, PR), nova filiada da Cooperativa Central Aurora Alimentos, cuja  produção estará voltada ao mercado externo em aproximadamente 50% do volume produzido.

Em 2014, a Aurora exportou 55,5 mil toneladas métricas de carne suína, volume 17,9% acima do ano anterior. O faturamento obtido com essas vendas externas foi de 31,7% e atingiu 386,7 milhões de reais. Esses números confirmam a posição de quarta maior exportadora da carne suína do Brasil. O mix de produtos exportados compõe-se de  quase quarenta cortes, entre eles, barriga, bisteca, carré, coração, costela, coxão duro, coxão mole, estômago, lombo, paleta, pernil, sobrepaleta, toucinho, ente outros.

No segmento de carne de frango, as exportações cresceram 19,7% para 163,2 mil toneladas métricas. O faturamento aumentou 27,17% para 935,6 milhões de reais. A Aurora ocupa a terceira posição no ranking brasileiro de exportadores de carne de frango. Mais de 20 itens são exportados: asas, cartilagem de ave, cartilagem de joelho, carne mecanicamente separada (CMS), coxas, sobrecoxas, coxas-sobrecoxas com porção dorsal, coxinhas das asas, dorso com pescoço, fígado, filezinho, meio das asas, meio do peito, meio do peito marinado e salgado, moela, pele, pés e  ponta das asas.

Lanznaster mostra que a Aurora preparou-se para amplia sua presença no mercado mundial: promoveu investimentos significativos para atender mercados exigentes como o Japão e os Estados Unidos para a carne suína, otimizou as plantas de aves, manteve o foco extremamente voltado à manutenção da qualidade de seus produtos, reconhecida tanto no Brasil quanto no exterior e na prestação de serviços, atendendo as demandas dos clientes de mais de 70 países para os quais exporta.

METAS & CENÁRIOS

O gerente geral de exportação Dilvo Casagranda realça que o Brasil precisa ampliar sua participação nos mercados importadores de carnes. “Temos competitividade para atender as demandas dos mais exigentes países importadores”, observa. Entende que, depois de longo período de controle do câmbio, o Brasil colocou a moeda em patamares reais, permitindo que se viabilize o crescimento das exportações.

Para o mercado da carne suína, a prioridade em 2015 continuará sendo o caminho da consolidação de mercados recentemente abertos, “mas que demanda tempo e trabalho para incrementar e consolidar volumes, como é o caso do Japão e dos Estados Unidos”.

Outros objetivos são retomar as exportações para África do Sul, mercado que estava fechado para o Brasil desde 2005 e abrir novos mercados, como Coréia do Sul, México e  outros a fim de melhorar as possibilidades de exportar maiores volumes de carne suína. Lembra que as exportações brasileiras de carne suína têm ficado estáveis nos últimos anos – em torno de 500 mil toneladas anuais – com grande dependência do mercado da Rússia.

Para a carne de aves, apesar da grande concorrência norteamericana, o Brasil preserva forte capacidade competitiva, com demandas consolidadas em praticamente todos os países importadores de carne de frango. “Vamos trabalhar com muito empenho em todos os setores da Cooperativa  para concretizar mais este objetivo, superar os desafios e consolidar mais um ano de crescimento das exportações da Aurora, mesmo sabendo que será um ano de grandes dificuldades e ajustes nas economias do mundo e principalmente do Brasil”, encerra.