O ranking das 10 maiores economias do mundo será bem diferente daqui 35 anos, de acordo com as últimas projeções da Economist Intelligence Unit.
Os Estados Unidos, que já não são a maior economia do mundo em paridade de poder de compra, perderão a liderança para China também em termos nominais em 2026. Para o Departmento de Agricultura americano, a ultrapassagem vai demorar mais um pouco.
Com crescimento médio de 5% ao ano nas próximas décadas, a Índia terá seu PIB multiplicado mais de 10 vezes e será catapultada do 10º para o 3º lugar no ranking.
Isso significa que Índia e China, os dois países mais populosos do mundo, também serão, cada uma, em 2050, mais ricas do que as 5 economias seguintes juntas.
“É uma escala de riqueza relativa ao resto do top 10 única na história”, diz a EIU, que também prevê que a dupla passará a exercer um papel mais decisivo em questões globais como as mudanças climáticas.
A participação da Ásia no PIB global saltará de um patamar de 30% para 50%. Um relatório recente do Boston Consulting Group apontou que a Ásia-Pacífico (excluindo Japão) já ultrapassou a Europa em riqueza privada e deve superar a América do Norte até 2019.
A EIU prevê que em termos per capita, os ricos continuarão ricos, mas os emergentes devem tirar parte do atraso nas próximas décadas.
A China chegará perto do Japão, enquanto o poder de compra do consumidor indiano em relação ao americano passará de 3% hoje para 24% em 2050.
O Brasil seguirá em 7º lugar entre as maiores economias globais, com PIB cerca de 4 vezes maior, enquanto o México pulará do 15º para o 8º lugar. Japão e Alemanha, hoje na 3ª e 4ª posições, cairão 2 degraus cada.
Rússia e Itália devem sair do top 10, enquanto a Indonésia será alçada da 16ª posição direto para a 4ª.
No final de 2013, México e Indonésia já eram agrupados junto com Turquia e Nigéria como promissores no acrônimo MINT, cunhado por Jim O’Neill, que batizou os BRICS.
Veja o top 10 das maiores economias do mundo em 2014 e em 2050, segundo a Economist Intelligence Unit:
Veja também a evolução do PIB de alguns países em termos nominais no período:
A EIU prevê que a maioria dos países africanos e do Oriente Médio terão um perfil demográfico favorável e continuarão conseguindo tirar crescimento econômico do aumento da força de trabalho e de populações em alta.
O mesmo não pode ser dito da Europa e da Ásia, onde são previstas quedas persistentes de até um terço do contingente de trabalhadores em idade de trabalhar.
“Políticas para turbinar as taxas de participação serão buscadas para amenizar os efeitos negativos das demografias desfavoráveis, mas eles não serão suficientes. Políticas de imigração vão subir alto na agenda dos governos na medidas em que as economias competem para atrair um estoque global limitado de trabalhadores”, diz o relatório.