O presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, espera um posicionamento positivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a manutenção da política de subvenção do milho com o preço reajustado em R$ 17,39 a saca. Na tarde de terça-feira (22/09), ele esteve reunido com o secretário de Políticas Agrícolas do Mapa, André Nassar, a quem entregou o ofício com a solicitação. Um dos argumentos, caso não seja elevado o valor, é a chance de inviabilizar a produção do grão na safra 2015/2016.
“O objetivo é garantir a continuidade da atividade agropecuária sem perdas para o produtor, o que depende desse reajuste, por conta das altas dos custos de produção e os problemas de logísticas enfrentados em Mato Grosso”, explica Prado.
O valor praticado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a próxima safra é de R$ 13,56 a saca, quase 30% inferior ao defendido pelo setor, já insuficiente inclusive para pagar as despesas com insumos que, conforme estudos da Conab de janeiro deste ano, saem a R$ 13,76 aos produtores do Estado. O custo total de produção do milho em Mato Grosso é de R$ 22,14.
No ofício entregue ao Mapa, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) deixa claro que, apesar de as condições de demanda atual somadas à desvalorização do Real estarem permitindo a consolidação de negócios satisfatórios, “os aumentos dos custos e a possibilidade da flutuação cambial estão gerando incertezas e podem afetar seriamente a intenção de semeadura mato-grossense da safra 2015/2016”, traz no texto.
O setor também destaca que os agentes financiadores da safra têm considerado o preço mínimo divulgado para avaliar a viabilidade e para poder liberar os recursos para o custeio. “A não correção destes valores indica erroneamente a não viabilidade da futura safra e aumenta ainda mais as incertezas”, destaca a Famato no ofício.
A expectativa é que a resposta positiva saia o quanto antes para garantir a manutenção da próxima safra.