O presidente global da JBS, Wesley Batista, afirmou à imprensa nesta quinta-feira (12/11) que o foco da Seara “não mudou desde a sua aquisição e segue em rentabilizar o negócio”. O executivo não respondeu diretamente se pretende ou não elevar os preços da marca para o período do fim de ano, mas disse que a companhia não está sozinha no mercado e que está “muito focado em otimizar custos”, referindo-se especificamente ao avanço nos preços dos grãos no mercado internacional – insumos importantes na produção de aves e suínos.
O aumento de preços, junto com alta do dólar (moeda em que as commodities são negociadas), já provocou impactos nas margens da BRF, rival da JBS neste mercado. A JBS Foods, no entanto, registrou expansão de margens no período. Para mitigar os efeitos dessa alta, Batista diz que a companhia planeja “melhorias no mix de produtos e distribuição”, dentre outras medidas.
A BRF já anunciou que pretende manter uma política agressiva para ganhar espaço no fim de ano. A direção da companhia afirmou na semana passada que deve manter preços, à revelia da queda nas ações na BM&FBovespa, para bancar sua estratégia.
JBS Mercosul
Antes do início do evento de divulgação dos resultados da JBS no terceiro trimestre de 2015, Batista comentou sobre o desempenho da unidade de bovinos na América do Sul, que também registrou expansão de margens.
Segundo o executivo, isso se deve principalmente à melhora na exportação de carne bovina do Brasil “que havia sofrido queda de 30% no primeiro trimestre do ano”, observou. Neste ponto, Batista elogiou os esforços do Ministério da Agricultura para abrir mercados e comentou que espera que os Estados Unidos permitam exportações in natura do Brasil “em algum momento”.
Questionado sobre a possibilidade de fechar novas plantas frigoríficas este ano, Batista disse que acredita que a produção de bovinos no País está mais equilibrada em relação à demanda doméstica e internacional. “O mercado está se equilibrando, se ajustando”, disse.