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Economia

Economista avalia que a situação climática tem gerado grande impacto no mercado agropecuário

Professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, realizou uma análise das variações do mercado.

Economista avalia que a situação climática tem gerado grande impacto no mercado agropecuário

No quadro Mercado e Cotações, do programa Brasil Rural, o professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, realizou nesta terça-feira (8) uma análise das variações do mercado. Ele explicou que a situação climática tem gerado grande impacto no mercado agropecuário.

Ele explica que a situação do arroz está mais complicada por causa do intenso clima chuvoso nas principais regiões produtoras desde o início do semestre. Em consequência disso, a produção de arroz está menor que a do ano passado e apesar dos preços se manterem firmes, especula-se que os preços variem no consumidor final. “Provavelmente, os preços do arroz no varejo voltarão a subir”, explica o economista, já que a colheita no sul se dá entre fevereiro e março.

Segundo o economista, as condições climáticas também atrapalham a produção e a qualidade do feijão. “Há uma certa estabilidade em relação às semanas passadas, mas há também uma dificuldade de uma oferta de maior qualidade para esse produto, por causa do excesso de chuvas em boa pare do país, principalmente no centro-sul”, explica.

De acordo com Argemiro Luís Brum, no mercado da soja, o que vem pesando é principalmente o clima na América do Sul e no Brasil. Nesse caso, ele explica que o problema é a falta de chuva na maioria das regiões onde se semeia soja. “A possibilidade de redução da produtividade começa a preocupar a medida que o fim do ano comercial se aproxima e a produção brasileira pode não bater os 100 milhões esperados até março de 2016”. Com o milho a situação não é muito diferente. A safra está menor e a previsão de um clima não muito favorável mantém o preço elevado. As exportações brasileiras, no entanto, continuaram muito intensas, prevendo um recorde histórico de exportação no final de ano comercial.

O mercado bovino se acalmou na reta final de ano. Houve uma redução da pressão de compra, um escoamento lento, e os preços se mantêm estáveis essa semana. “A situação não é tão aquecida, pois a carne bovina continua com o preço mais alto da cesta básica brasileira”, esclarece.

Sobre o preço interno do suíno, ele explica que continuou caindo e recuou na média. Porém, as boas exportações de novembro dão um certo alento ao mercado. São as exportações que também têm sustentado o preço do frango.