A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) saiu ontem da reunião com o ministro da agricultura Antonio Andrade confiante de que medidas serão tomadas pelo governo para evitar que o escoamento da safra de grãos este ano seja caótica, como foi no ciclo passado. Uma fonte do Ministério da Agricultura que preferiu não se identificar informou que o que ficou acertado é que governo vai deixar sempre de três a quatro fiscais agropecuários nos portos para agilizar a emissão de certificados e os embarques.
A Anec prevê que o Brasil vai exportar este ano 44 milhões de toneladas de soja, 19 milhões de toneladas de milho e 13,5 milhões de toneladas de farelo de soja por nove principais portos. Essa carga, nos cálculos da entidade, demandará a emissão de 16.981 certificados fitossanitários e o carregamento de 1.295 navios. O pico do escoamento está previsto para maio, quando 164 embarcações terão que ser carregadas nos portos brasileiros, o que exigirá a emissão de 1.921 certificados fitossanitários, segundo a Anec.
O diretor-geral da entidade, Sérgio Mendes, afirmou que o ministério está “convencido” de que além do reforço de fiscais nos portos para emitir certificados fitossanitários para exportação, é preciso que fiscais em todos os portos tenham expediente no fim de semana. “Pedimos também para que o governo crie um plantão ‘SOS’ de fiscais, para que, independentemente de haver profissionais de férias, doentes, de licença, etc, haja um plantão permanente para atender urgências”, explicou.