A esperada recuperação da produção de aves e de suínos neste ano deve estimular a produção de rações.
Ariovaldo Zani, vice-presidente do Sindirações (sindicato das indústrias do setor), diz que a produção deve aumentar 3% em 2014, para 65 milhões de toneladas.
“Vamos recuperar o patamar de 2011”, diz. Em 2012, houve queda de 3% nos volumes, e, no ano passado, a produção ficou estável.
A projeção é baseada nas estimativas da indústria de carne suína e de frango para o seu desempenho neste ano.
Os setores, que representam mais de 80% do consumo total de ração, esperam crescimento em 2014, após amargarem perdas em 2013.
Os produtores de aves projetam um aumento da produção entre 3% e 4%, após a retração de 2,6% em 2013. Já os de suínos preveem recuperação da queda de 1%.
Para Zani, os preços dos grãos, usados na alimentação animal, podem favorecer a retomada. “A tendência para 2014 é que os preços da soja e do milho esfriem”, afirma.
A ampla oferta, garantida por safras abundantes nos EUA e no Brasil, deve fazer com que as cotações fiquem relativamente estáveis, até com um viés de queda, diz.
Mas o preço dos insumos não é garantia de aumento de margens. Segundo Zani, o fator mais importante para a rentabilidade do setor é a situação financeira de clientes.
Em 2013, apesar da queda na produção de aves e suínos, houve melhora no fluxo de caixa das empresas. As indústrias conseguiram elevar os preços de venda das carnes e não precisaram pedir maior prazo para pagamentos.
Portanto, além do custo, a demanda também ditará o ritmo do setor neste ano.