A multinacional americana fabricante de máquinas agrícolas AGCO reportou no quarto trimestre de 2013 um lucro líquido atribuído à AGCO Corporation e subsidiárias de US$ 139,3 milhões (US$ 1,40 por ação), aumento de 35,9% sobre o mesmo período de 2012, conforme comunicado divulgado hoje pela companhia.
Em todo o ano passado, a empresa registrou lucro líquido atribuído à AGCO e subsidiárias de US$ 597,2 milhões (US$ 6,01 por ação), alta de 14,38% sobre 2012.
As vendas líquidas da AGCO no quarto trimestre do ano passado totalizaram US$ 2,860 bilhões, aumento de 5,8% sobre o mesmo trimestre de 2012 (US$ 2,703 bilhões).
Excluindo o impacto desfavorável de conversão de moeda de cerca de 0,3%, as vendas líquidas no último trimestre de 2014 teriam aumentado em torno de 6,1%, na mesma comparação, diz a AGCO em comunicado.
As vendas líquidas de todo 2013 somaram US$ 10,787 bilhões, crescimento de 8,3% sobre o ano anterior.
As vendas na América do Sul foram as que mais cresceram no ano passado frente a 2012 — 21,8%, com destaque para o Brasil e Argentina, com aumento da comercialização principalmente em tratores e pulverizadores de alta potência e produtos para armazenagem de grãos.
Na América do Norte, as vendas aumentaram 7%, enquanto na Ásia e Pacífico, 15,4%; na região da Europa e Oriente Médio, a comercialização cresceu 5,7%, na mesma comparação.
O lucro bruto no ano passado foi de US$ 2,391 bilhões, 12,6% maior ante 2012.
A margem operacional em 2013 ficou em 11,8% na América do Norte, 10,4% na América do Sul, 10,2% na Europa e Oriente Médio e 0,1% na região chamada APAC (Ásia e Pacífico).
“A AGCO fechou o ano com um sólido quarto trimestre, fazendo 2013 um ano recorde para vendas e ganhos”, disse Martin Richenhagen, presidente e CEO da companhia.
Richenhagen acrescentou que a empresa continuou a tirar vantagem das condições “saudáveis” de mercado, alavancando a presença global da AGCO. O forte desempenho das vendas trouxe aumento da rentabilidade e expansão da margem em 2013, afirmou.
“Nós geramos mais de US$ 400 milhões de fluxo de caixa livre em 2013, enquanto fizemos pesados investimentos em produtividade das unidades industriais e novos produtos”, disse Richenhagen.
Os preços de commodities mais baixos em relação a 2013 devem resultar em uma redução da renda agrícola e uma demanda mais suave para equipamentos agrícolas em 2014, prevê a AGCO.
A companhia está projetando vendas líquidas entre US$ 10,8 bilhões e US$ 11 bilhões neste ano, com os benefícios previstos de preços e melhores participações de mercado compensando o declínio esperado na comercialização.
Margens brutas melhores ante os níveis de 2013 deverão ser compensadas por maiores custos de engenharia e desenvolvimento de mercado. Com base nessas premissas, a AGCO tem como alvo o preço da ação em cerca de US$ 6,00 durante 2014.