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Comentário Avícola

Celulose vs. Plástico: algumas diferenças básicas - por Bruno Pimenta

Os últimos cinco anos foram um divisor de águas quanto ao uso de novas tecnologias na avicultura brasileira. Leia artigo exclusivo.

Celulose vs. Plástico: algumas diferenças básicas - por Bruno Pimenta

Os últimos cinco anos foram um divisor de águas quanto ao uso de novas tecnologias na avicultura brasileira. A ambiência ganhou grande destaque e hoje é possível controlar os equipamentos de um galpão desde a poltrona de um escritório. No Brasil, foi possível deixar de lado o resfriador cerâmico (aquele que usava tijolos como meio evaporativo) e adotar definitivamente o painel de celulose, mais eficiente na redução da temperatura do ar.

Pode-se afirmar que hoje o painel de celulose já é um velho conhecido, com suas angulações, curvas de perda de carga e eficiência; dimensionamento e instalação já não são mais novidades.  Um dos pontos cruciais de sua utilização nos aviários sempre foi a manutenção, ou melhor, a limpeza e a qualidade da água. Estes sendo fatores determinantes na vida útil do equipamento.

Foi então que surgiu no mercado um painel evaporativo feito de plástico e que preconiza facilidade de limpeza e maior vida útil, comparativamente ao painel de celulose.

Existem várias formas corretas de se climatizar um ambiente e a escolha dos equipamentos é parte da solução que poderá resultar em bons índices produtivos. Por isto, é necessário que o produtor conheça as opções e suas diferenças básicas.

O painel de celulose é feito por folhas corrugadas coladas para formar um bloco. Essas folhas recebem uma resina que, após um processo de cura, promovem rigidez ao bloco. A cola deve manter as folhas unidas mesmo após muitos ciclos de molha/seca. A cola, a resina e a qualidade do material da folha produzem um produto rígido capaz de molhar e secar inúmeras vezes e, o mais importante, capaz de absorver uma grande quantidade de água. Inclusive, pela capacidade de absorção, ainda produz resfriamento por alguns minutos após o fechamento da entrada de água. As dificuldades de se trabalhar com esse material são a limpeza, a incrustação mineral e a utilização de água com pH muito alto.

O painel de plástico é feito sob os mesmos princípios, com exceção da resina e da absorção de água (característica do material). Como o painel de plástico não absorve a água que circula através do sistema, sua eficiência evaporativa é menor, o que se traduz em um menor resfriamento do ar que entra no galpão. Outro fator importante é a maior dificuldade em molhar uniformemente o painel, uma vez que a água não é absorvida pelo material e ocasiona a diminuição da área molhada responsável pelo resfriamento evaporativo. Ainda não se sabe como o painel de plástico irá se comportar quando se utilizar águas com alto conteúdo mineral, porém, é uma boa opção para a utilização com água de pH muito básico, que é extremamente nociva ao painel de celulose.

O painel de celulose ainda é o mais utilizado nos aviários brasileiros, mas é sempre interessante ter opções para adequarmos melhor as soluções aos problemas. Como foi citado anteriormente, existem várias formas corretas de se climatizar um ambiente.