Criadores de Bastos, em São Paulo, estão equipando as granjas para proteger as aves do calor. O custo de produção aumenta, mas eles garantem que o resultado vale a pena.
Dono de uma granja, Cristian Maki está, aos poucos, mudando os galpões de lugar. O local escolhido é na parte mais alta da propriedade, onde a ventilação é melhor. Além disso, o telhado foi construído a três metros do chão para facilitar a circulação de ar e baixar a temperatura dentro do galpão. “As aves são muito sensíveis ao calor. Vem uma época com ondas de calor e causa um estresse na galinha, ela diminui o consumo de ração e consequentemente, a produção de ovos. Diminui também o tamanho do ovo, entre outras coisas”, diz.
Enquanto do lado de fora a temperatura chega aos 34ºC, do lado de dentro, ela não passa dos 26ºC. O sistema de refrigeração consome três vezes mais energia que um galpão comum, mesmo assim, Leonardo garante que o investimento vale a pena. “Não só em relação a climatização, mas em relação à mortalidade também e a qualidade do ovo. A galinha consome mais, aqui é tudo controlado”.
Com a queda na produção de ovos por causa do calor, o preço disparou. A caixa, com 360 unidades está sendo vendida por R$ 56, alta no mês de 33%.
Em outra granja, o proprietário vem fazendo testes com diversos equipamentos que combatem o calor. Em um dos galpões, por exemplo, o método usado é o nebulizador.
Para Sérgio Kakimoto, o que apresentou o melhor desempenho até agora com baixo custo foi o exaustor. Cada peça custa cerca de R$ 300 e não há consumo de energia já que ele se movimenta com a força do vento.