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MB Associados crê que demanda chinesa por alimentos continuará firme

Mesmo crescendo 7% ou 7,5%, a China vai continuar comprando fortemente (alimentos) e o processo de urbanização é uma das razões na base dessa persistente demanda.

MB Associados crê que demanda chinesa por alimentos continuará firme

O economista e sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, disse na segunda-feira (07/04) que não há dúvidas de que a demanda chinesa por alimentos se manter firme em 2014. “Mesmo crescendo 7% ou 7,5%, a China vai continuar comprando fortemente (alimentos) e o processo de urbanização é uma das razões na base dessa persistente demanda”, comentou ele durante a 2ª Conferência de Agronegócios, promovida pelo Espirito Santo Investment Bank, em São Paulo.

Mendonça de Barros, que também é membro do Conselho de Administração da BM&FBovespa, lembrou que a predominância do fenômeno El Niño neste ano pode provocar perdas na colheita asiática, reforçando a necessidade de importação de países como China. Além da demanda, perdas com seca no Brasil e a possibilidade de o inverno frio e seco comprometer a produção norte-americana sugerem um cenário de preço agrícola positivo. “A firmeza extraordinária de soja e milho nesse início de ano antecipa nossa visão para agronegócio”, disse o economista.

Mas ele alertou que a perspectiva econômica do Brasil inspira cuidados. Para 2014, a MB Associados projeta um crescimento modesto de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, em parte por causa dos prejuízos com a estiagem no começo do ano. “Esse evento climático foi excepcional, tivemos uma seca com altíssimas temperaturas de janeiro a fevereiro”, afirmou, citando também uma redução no consumo das famílias e dificuldades na indústria de transformação.

Mendonça de Barros destacou, ainda, que a pressão inflacionária será uma constante em 2014. “Ganhe quem ganhar as eleições (presidenciais), a inflação vai continuar incomodando”, disse. A expectativa da MB Associados é de que o Banco Central eleve em mais 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros e depois aguarde a eleição.

Quanto ao câmbio, o economista afirmou que a tendência é de depreciação do real porque as contas externas não vão bem. “É inevitável que o real se desvalorize em relação ao dólar, mas essa atual apreciação temporária pode durar um pouco mais”, comentou ele.