A Embrapa Solos (Rio de Janeiro) e a Calderon Consulting são parceiras da Agroceres, que teve projeto aprovado no Inova Agro, edital lançado pela Finep e BNDES, que busca apoiar empresas brasileiras com ênfase em ciência e tecnologia no desenvolvimento das cadeias produtivas de insumos para a agropecuária.
O Projeto Granja Comercial Modelo: Suínos tem como uma de suas ações implantar uma planta piloto onde serão desenvolvidos fertilizantes organominerais inovadores em escala pré-industrial a partir dos dejetos dos suínos. Esta será a primeira fábrica deste tipo no Brasil e a inovação está no processamento direto dos dejetos, o que evita o método tradicional de compostagem. Além dos benefícios ambientais, a planta piloto produzirá fertilizantes organominerais balanceados para uso em culturas como soja, milho e café.
“A implantação dessas fábricas vai viabilizar todo um ciclo de inovação que começou a partir do trabalho de pesquisa, de planejamento de negócios e de transferência de tecnologias”, diz a chefe de TT da Embrapa Solos Denise Werneck.
O Granja Comercial Modelo: Suínos também permitirá aos agricultores um ganho ambiental com o aproveitamento dos dejetos de suínos, pela venda desse produto a partir do processamento do fertilizante granulado. O investimento proporcionado pelo edital para utilização em pesquisa, desenvolvimento e inovação chega a 4 milhóes de reais ao longo quatro anos. A ideia inicial é que a fábrica seja instalada em Patos de Minas (MG).
Fundamental para a aprovação da proposta junto ao Inova Agro foi o trabalho de parceria entre Embrapa Solos, Calderon Consulting, Embrapa Sede através do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento e da Secretaria de Negócios e as coperativas de agricultores.
Tecnologia em Movimento
Paralelamente à aprovação no edital a Embrapa Solos já está implantando, em parceria com a Calderon Consulting, duas fábrica de produção do fertilizante organomineral a partir de cama de frango em parceria com as cooperativas Organobras (Goioerê- PR) e Biogel (Itaguaru-GO). A expectativa é que estejam em funcionamento até o final de 2014.
Essas fábricas proporcionarão o faturamento em royalties com a venda dos produtos. Essa renda será utilizada nas atividades da Rede FertBrasil (a rede de pesquisa em fertilizantes da Embrapa).