O esfriamento econômico afeta, de modo geral, todos os setores. No entanto, a agropecuária, favorecida pela demanda externa aquecida, continua evitando resultados ainda piores para a economia nacional, de acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira (14) no jornal Correio do Estado. Neste cenário, é considerável o peso da colaboração de Mato Grosso do Sul, que apresenta sequência de seis anos de crescimento da riqueza gerada pelo campo – desde 2009, o Valor Bruto da Produção (VBP) majorou em 85,37%, alcançando, nesta safra, R$ 22,07 bilhões. Mesmo com o arrefecimento da economia nos últimos anos, os números da agropecuária seguem – embora com variações menores – avançando.
Essa situação não faz da agropecuária uma atividade imune aos humores da economia interna. Ocorre que, no contrapeso do impacto das questões domésticas, está o avanço da demanda internacional – com destaque à China – por produtos do campo. Com isso, o agronegócio assegura os superavits da balança comercial ou, ao menos, ameniza os deficits. Em Mato Grosso do Sul, a receita das exportações, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), somou US$ 2,86 bilhões no primeiro semestre deste ano. Deste valor, 34% correspondem à comercialização da soja (principal item da pauta sul-mato-grossense), que totalizou US$ 978,67 milhões no período. Com vendas externas asseguradas, a agropecuária eleva a geração de riqueza. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o VBP em Mato Grosso do Sul cresce desde 2009, quando somou R$ 11,91 bilhões – esse ano, marcado por forte crise internacional, reduzira o VBP em 13,9% na comparação com 2008 (R$ 13,68 bilhões). Desde então, o valor acumula altas consecutivas. As lavouras se destacam, com disparada de 149,8% de 2010 (R$ 5,6 bilhões) a 2014 (R$ 13,99 bilhões), conforme reportagem assinada pelo jornalista Osvaldo Júnior.