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Escasses da água

Seca traz prejuízos e desanima produção agrícola em São Paulo

No noroeste de São Paulo, a seca tem elevado os custos de produção. Os equipamentos de irrigação precisam ser ligados um número maior de vezes por dia e por mais tempo.

No noroeste de São Paulo, a seca tem elevado os custos de produção. Os equipamentos de irrigação precisam ser ligados um número maior de vezes por dia e por mais tempo.

A seca que baixou o nível dos reservatórios e fez com que rios desaparecessem em alguns trechos, também está tirando o sono dos produtores, mesmo dos que têm irrigação.

Em uma propriedade em Itajobi, noroeste do estado, que tem 4,3 mil pés de limão, a água para fazer irrigação vem do poço artesiano. A bomba, que antes ficava ligada 6 horas por dia, agora, por causa da seca, precisa ficar ligada de 12 a 15 horas, o que fez a conta de energia elétrica saltar de R$ 130 para R$ 700. Lourenço Lorencete não esperava um custo tão alto e, para piorar, vai colher metade do que havia planejado e com qualidade inferior.

No município do Mirassolândia, quem plantou milho em fevereiro para colher em julho e não tem irrigação, teve prejuízo.

Já quem tem irrigação está em situação melhor. Em uma plantação de milho verde, o sistema, que nesta mesma época do ano passado era ligado a cada cinco dias, agora tem que ser usado a cada três dias.

Elton Fernandes diz que, com isso, o custo de produção subiu mais de 70%, mas ele está conseguindo compensar por causa do preço do grão, que subiu cerca de 70% em um ano. “O ano passado, a saca, nesta mesma época, custava R$ 15, agora passou para R$ 25”, conta.