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Agroindústrias

JBS busca novas aquisições nos Estados Unidos

A aquisição das operações da Tyson Foods no México, no fim de julho, não aplaca o desejo de expansão da JBS USA

JBS busca novas aquisições nos Estados Unidos

A aquisição das operações da Tyson Foods no México, no fim de julho, não aplaca o desejo de expansão da JBS USA, que no ano passado teve receita líquida de US$ 30,5 bilhões. Depois da forte redução de custos e do aumento da eficiência em suas operações nos EUA, o foco da empresa é crescer, em especial por meio de novas compras, embora não exclusivamente por esse caminho. A prioridade é avançar ao longo da cadeia, aumentando o valor agregado no segmento de carnes processadas, com marcas fortes.

A expansão dos negócios da JBS nos EUA deve ocorrer por meio da subsidiária Pilgrim’s Pride, do segmento de frangos, que adquiriu a Tyson, no México, por US$ 400 milhões. Nas áreas de carne bovina e suína a expansão é mais difícil.

“Agora é mais valor agregado e mais marca. Não é muito produção primária. Essa é nossa direção”, resume o presidente da JBS USA, André Nogueira. Ele diz que a empresa mapeia aquisições “o tempo todo”. “O Wesley (Batista, presidente da JBS) costuma dizer isso, o que acabou impregnado em mim também. O crescimento faz parte do nosso DNA”.

A abertura de capital nos EUA é uma possibilidade? “Achamos que faz sentido, porque é mais uma alternativa para continuar crescendo”, afirma o executivo. “Mas tem que gerar valor para a JBS como um todo”. Segundo ele, a abertura de capital da JBS USA pode dar flexibilidade para uma aquisição, tendo uma compra engatilhada ou uma visão clara de onde investir. “Ter uma moeda forte para continuar o crescimento faz sentido. É a mesma visão dos últimos quatro anos”. A Pilgrim’s já tem capital aberto.

A subsidiária está em boa situação para fazer uma nova compra. No segundo trimestre, a empresa estava com mais dinheiro do que dívida, segundo seu diretor financeiro, Fabio Sandri. Em 2011, a dívida líquida era de US$ 1,4 bilhão. No trimestre passado, havia um saldo positivo de US$ 25 milhões. “A capacidade de alavancagem da Pilgrim’s é enorme”, diz ele. A JBS comprou a Pilgrim’s em 2009, uma empresa que estava em recuperação judicial. De acordo com Sandri, a companhia era mal administrada.

Para mudar o quadro, a JBS deu prioridade à redução de custos e aumento de eficiência. As despesas administrativas caíram de US$ 350 milhões para US$ 160 milhões por ano, diz Nogueira. Na área corporativa, a Pilgrim’s tinha 1,5 mil funcionários e hoje são 600.