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JBS lidera entre os doadores de campanha durante o período eleitoral do Brasil

A JBS SA doou mais de R$ 113 milhões para campanhas de partidos políticos e candidatos durante o período eleitoral atual do Brasil.

JBS lidera entre os doadores de campanha durante o período eleitoral do Brasil

A JBS SA, maior processadora de carne bovina e de aves do mundo, doou mais de R$ 113 milhões para campanhas de partidos políticos e candidatos durante o período eleitoral atual do Brasil, mais do que qualquer outra empresa de capital aberto.

A JBS fez as doações por meio de três de seus nomes de empresas registradas, com um total que representa 12,2% do seu lucro líquido ajustado em 2013, de acordo com dados disponibilizados pelo site do Tribunal Superior Eleitoral, e analisados pelo jornal Valor Econômico.

Os dados oferecem uma visão incompleta de quanto dinheiro está fluindo para as campanhas brasileiras de empresas de capital aberto. As empresas não podem ser aderentes às melhores práticas de governança corporativa ao usar subsidiárias para doações, e não informar os acionistas sobre os critérios utilizados para definir o quanto eles doam.

A BRF ocupa a nona posição em doações de empresas de capital aberto, com R$ 5,02 milhões, com recursos provenientes de um dos seus nomes de empresas registradas e que representa 0,5% do lucro líquido ajustado da companhia em 2013.

Dos dez doadores corporativos contactados pelo jornal, a maioria se recusou a falar sobre quanto dinheiro era proveniente de subsidiárias específicas registradas por eles, e para quais partidos ou candidatos foram feitas as doações.

A JBS foi uma das companhias que ignoraram o pedido de entrevista do jornal. A processadora foi especificamente questionada sobre como seu total doado atual seria equivalente a 51% dos dividendos da empresa distribuídos aos acionistas, em referência ao lucro líquido para 2013.

A BRF também não respondeu às perguntas do jornal, mas observou em seu relatório anual 2013 que apoia “partidos políticos (e não pessoas)”, com base em seus próprios critérios, que levam em conta o “apoio a projetos do governo voltados ao desenvolvimento do agronegócio”.