O conselho de administração da BRF aprovou ontem o nome de Pedro Faria para o cargo de diretor-presidente global da companhia. Faria, que é o atual CEO internacional da BRF, irá substituir Claudio Galeazzi no cargo de CEO global a partir do dia 2 de janeiro de 2015.
Em agosto, Galeazzi anunciou que anteciparia sua sucessão na BRF e que deixaria a empresa no fim deste ano. O empresário, dono da Galeazzi & Associados, participou da reestruturação da BRF após a chegada de Abilio Diniz à presidência do conselho de administração da companhia em abril de 2013. Estava acertado que Galeazzi ficaria no cargo por dois anos, mas ele decidiu encurtar o período à frente da empresa.
Pedro Faria é um dos sócios da gestora de recursos Tarpon – à qual se juntou em junho de 2003. A gestora, que tem 10,49% do capital da BRF, patrocinou a ida do empresário Abilio Diniz para a presidência do conselho de administração da BRF, o que culminou com uma grande reestruturação da companhia. Desde que se tornou CEO internacional da BRF, Faria está fora do dia a dia da gestora de recursos.
O nome de Faria para o posto de CEO global da BRF sempre esteve nos planos da nova gestão da companhia de alimentos.
Pedro Faria é graduado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, e tem MBA pela Universidade de Chicago, além de fazer parte do conselho global da Chicago Booth School of Business. Ele atuou como membro do conselho de administração da BRF durante três anos.
Segundo o comunicado enviado ontem pela BRF ao mercado, como CEO internacional, Faria “foi responsável pela decisão de priorizar mercados e produtos de maior rentabilidade, reduzir volatilidade e fortalecer as marcas da BRF no exterior”.
Uma das estratégias da nova gestão da BRF foi reduzir a oferta de produtos no exterior numa tentativa de melhorar a rentabilidade. Sob Abilio Diniz, a empresa também reafirmou seu desejo de avançar no mercado internacional por meio de aquisições. Por ora, nenhuma de grande porte foi feita.
De fato, o principal movimento da BRF até agora foi a venda de sua divisão da lácteos para a francesa Lactalis, por R$ 1,8 bilhão.