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Compartimentação avícola ganha norma no Brasil

O Brasil é o primeiro país do mundo a criar uma legislação para a compartimentação da produção da avicultura.

Compartimentação avícola ganha norma no Brasil

O Brasil é o primeiro país do mundo a criar uma legislação para a compartimentação da produção da avicultura. A Instrução Normativa, assinada hoje no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com a participação da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – e que deverá ser publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU) – oficializa o modelo produtivo na avicultura nacional, estabelecendo diretrizes que devem ser seguidas para que a empresa ganhe o direito de ser considerada “compartimentada”.

A compartimentação traz uma nova perspectiva sobre a gestão sanitária da produção. Dividindo cada núcleo de produção em compartimentos, o modelo estabelece um rastreamento sanitário pleno da produção, permitindo gestões mais rápidas e efetivas em caso de crises sanitárias. Com isto, reduzem-se os impactos econômicos gerados e se proporciona ainda mais segurança sanitária e credibilidade à cadeia produtiva.

“Mais que um modelo, a produção compartimentada é ‘grife’ para as empresas que a adotarem, exatamente por representar um salto no status sanitário daquele núcleo produtivo. O Brasil é o único país hoje, no mundo, que tem este diferencial”, destaca o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.

O diretor técnico da ABPA, Ariel Mendes, participou da assinatura, realizada em evento comemorativo aos 20 anos do Programa Nacional de Sanidade Avícola do MAPA. Mendes foi participante ativo do desenvolvimento das normas e das negociações com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o reconhecimento do modelo brasileiro.

No fim de 2013, juntamente com Turra e o Diretor de Saúde Animal do Ministério, Guilherme Marques, Mendes tratou das conclusões dos trabalhos com o Diretor-geral da OIE, Bernard Vallat, em Foz do Iguaçu (PR). Na oportunidade, um relatório foi entregue com os resultados do projeto inicial para o programa brasileiro.

Os estudos para a instalação do programa começaram em 2008. Cinco unidades produtoras – uma da BRF (em MT), uma da Seara-JBS (em SC) e três da Cobb-Vantress (em MS, SP e MG) – participaram da iniciativa. Todas as adequações propostas pelo programa foram auditadas por missões da própria OIE.