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Economia

Exportação do agronegócio tem queda intensa

A desaceleração da participação do agronegócio neste mês ocorre devido à queda nas receitas dos principais itens da balança comercial.

Exportação do agronegócio tem queda intensa

Um dos principais itens da balança comercial nos últimos anos, as commodities, principalmente as agrícolas, começam a mostrar como será o cenário de 2015.

Preços menores no mercado internacional vão determinar uma participação menos intensa desses itens no saldo da balança.

A desaceleração da participação do agronegócio neste mês ocorre devido à queda nas receitas dos principais itens da balança comercial.

Um deles é a soja, cujas exportações devem render apenas US$ 68 milhões no mês, tomando como base o desempenho da oleaginosa até agora na balança comercial. Esse resultado financeiro representa uma queda de 77% ante o de novembro de 2013.

O milho também tem participado com boas receitas em novembro, principalmente nos dois últimos anos.

Mas o Brasil já não consegue um mercado tão favorável para o cereal, cujas exportações vão recuar 38% em volume neste mês, em relação a igual período anterior.

Já as receitas, devido à queda nos preços externos, terão recuo ainda maior neste mês, caindo para US$ 432 milhões, 44% menos do que em 2013.

Outro item importante na balança comercial é o açúcar, mas que também perdeu ritmo nas exportações. A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) aponta para uma redução de 36% no volume a ser exportado neste mês e queda de 41% nas receitas, ante igual período de 2013.

Pelos dados da Secex, as receitas com açúcar caem para US$ 554 milhões neste mês. Já o volume recua para 1,44 milhão de toneladas.

Café e carne suína engordam os números da balança. O Brasil eleva a participação no mercado externo de café e se aproveita da alta intensa dos preços. O país deverá terminar o mês com exportações de 2,9 milhões de sacas e receitas de US$ 566 milhões.

Já as receitas com petróleo se recuperam e devem somar US$ 1,7 bilhão no mês, 10% mais do que em 2013. Mas as de minério de ferro recuam 50%, para US$ 1,5 bilhão.

Café de qualidade O Sebrae do Espírito Santo quer produzir pelo menos 500 mil sacas de café de qualidade no Estado. O objetivo é certificar 2.500 propriedades.

Industrialização Uma parte desse café -próximo de 150 mil sacas- deverá ser industrializada no próprio Estado, fomentando a produção de cafés especiais. É um projeto para ser desenvolvido até 2018.

Ligação Carlos Brando, especialista no setor de café, diz que “esse meio de campo entre produtor e indústria é muito importante”.

Sem tempo “Os pequenos dedicam tanto tempo nas funções diárias que não têm tempo para olhar o cenário do setor”, diz ele.

Exportações 1 A exportação nacionais de café serão de 33 milhões a 34 milhões de sacas em 2015, segundo Guilherme Braga, do Cecafé (conselho dos exportadores).

Exportações 2 A deste ano deverá atingir o recorde de 36 milhões de sacas.

Acordos Colômbia e Estados Unidos estão aprimorando os contratos agrícolas dentro do acordo de comércio assinado entre os dois países. O etanol entra nessa lista.

Etanol Os EUA exportaram para a Colômbia 3,75 milhões de litros por mês de outubro do ano passado a março deste, segundo o governo norte-americano. Bem que esse mercado poderia ser abastecido pelos vizinhos, os brasileiros.