Um estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que tarifas de importação muito altas, representam forte barreira à entrada de alguns produtos agrícolas brasileiros junto aos países que integram a União Europeia (UE).
Essas tarifas representam a forma mais direta de proteção dos mercados internos em relação à entrada de produtos de outros países, avalia o estudo.
Após análise do desempenho das exportações brasileiras da carne de frango em pedaços, carne bovina desossada e carne bovina em pedaços, dentre outros, a conclusão da CNA é que a aplicação das tarifas representa uma barreira significativa ao fortalecimento do comércio entre o Brasil e a UE.
A UE é um dos principais mercados para o agronegócio brasileiro, com participação de 22% no total das exportações agrícolas, em 2013, garantindo receita de US$ 21,09 bilhões. Mesmo assim, o setor agrícola poderia ter obtido melhor desempenho caso a UE não atribuísse tarifas de importação excessivamente elevadas.
O documento da CNA revela a existência de 2.180 linhas tarifárias (a seis dígitos) correspondentes aos produtos do setor agrícola. Um terço apresenta tarifa de importação superior a 20%, e menos de um décimo deste universo contempla tarifa superior a 75%.