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Economia, mercado e política em 2015 - por Wolmir de Souza

Encerando mais um ano, muitas são as avaliações, análises e projeções futuras. Confira artigo exclusivo.

Economia, mercado e política em 2015 - por Wolmir de Souza

Encerando mais um ano, muitas são as avaliações, análises e projeções futuras. Não há como negar que economicamente o ano foi positivo para o agronegócio brasileiro – suínos, leite, grãos – enfim a economia agrícola em geral. Até a erva mate, que há anos não reagia, teve seu auge neste ano. Raros foram os produtos que tiveram remuneração aquém do esperado. Mas se perguntarem se estamos seguros e confiantes, se chegamos ao ponto de equilíbrio, diria que não. Os produtos com tradição em exportação, milho, soja, carne bovina, etc., parecem sustentados pelo mercado internacional, porém, os demais vêm mostrando sua fragilidade quando reflete no poder de compra do consumidor brasileiro. O leite, além de todo caso de fraude, teve seus preços em queda livre. Em minha opinião, há duas situações semelhantes de quem não pode perder, nem mesmo ter lucro, quando o valor pago ao produtor é bom é o consumidor. No caso do leite, dizem que este deve ser barato ou simplesmente acessível como muitos diriam. A carne suína, só ainda não houve fraude, mas os preços não se sustentaram e a preocupação do setor aumenta com a alta dos insumos. Falei apenas diretamente de dois itens para dizer que ainda não temos uma política de fortalecimento do agronegócio, o que temos é uma política equivocada de acesso barato ao alimento, ao invés de buscar emprego e salário justo, direcionamos o consumidor a preços achatados.

Não se vê ou se ouve comercial de alimentos ou produtos com características diferenciadas e com qualidade superior, porém todas focando exclusivamente em preços; se não bastasse os custos, a carga tributária torna qualquer negócio insustentável.
Acredito que algumas mudanças neste modelo governamental assistencialista devem ocorrer no próximo ano e mandato deste governo que aí está, porém não capaz de reverter um problema já instalado na economia brasileira. Se segurem nobres trabalhadores, sejam do campo ou cidade, muito chumbo grosso ainda virá em 2015. Acredite no Natal e na força do menino Jesus que renasce porque nesta economia não dá.

Feliz Natal e paz em 2015.