Técnicos brasileiros e russos trataram hoje (19) sobre a política de comércio de grãos de ambos os países durante o segundo dia de encontro do Comitê Agrário Brasil-Rússia. Além disso, discutiram a possibilidade de cooperação bilateral, no que diz respeito a pesquisas científicas, tecnológicas e educativas. A reunião ocorreu no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto, enfatizou que o relacionamento comercial com a Rússia é praticamente agrícola e que uma cooperação mais estreita entre os países será muito produtiva. “Do que exportamos para a Rússia, 90% são de produtos agrícolas, e 60% do que eles exportam para o Brasil é fertilizante, cujo destino também é agricultura. Portanto devemos trabalhar na tentativa de estreitar essa relação. É de extrema importância o interesse dos técnicos russos na área de cooperativismo”, disse Célio Porto.
Durante a reunião, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou à delegação russa as experiências da empresa com cooperação técnica internacional, como o Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex) – que viabiliza o desenvolvimento de pesquisas em parceria com cientistas estrangeiros. O vice-ministro da agricultura da Rússia, Ilya Shestakov, representantes da Embrapa e autoridades do Mapa concordaram em tratar esse tipo de cooperação ainda este ano.
Ainda no encontro, o coordenador de intercâmbio do Conhecimento da Embrapa, Luciano Nass, mostrou aos russos os métodos de pesquisa usados pela empresa, além dos mecanismos utilizados para treinamento e capacitação de seus técnicos. Segundo Nass, o Brasil é muito criterioso na avaliação de produtos utilizados pelos agricultores: “Avaliamos rigorosamente a efetividade do trabalho desenvolvido por empresas na criação de produtos agropecuários, como vacinas, medicamentos, controle de parasitas etc”, informou.